Continua após o anúncio
- Desde junho, os preços do petróleo caíram cerca de 20%
- Assim, levando o Goldman Sachs a revisar suas estimativas para a cotação da commodity
- Apesar de uma recuperação recente nos preços do petróleo, o banco ajustou suas projeções para o período até o final de 2025
- O relatório de hoje reduziu os dividendos extraordinários da Petrobras para 2024 de US$ 7 bilhões para US$ 6 bilhões
Desde junho, os preços do petróleo caíram cerca de 20%, levando o Goldman Sachs a revisar suas estimativas para a cotação da commodity. Além dos dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4). Apesar de uma recuperação recente nos preços do petróleo, o banco ajustou suas projeções para o período até o final de 2025.
O relatório divulgado nesta quinta-feira (12) reduziu, no entanto, os dividendos extraordinários da Petrobras para o ano fiscal de 2024 de US$ 7 bilhões (R$ 39,5 bilhões) para US$ 6 bilhões (R$ 33,9 bilhões). Em resposta a essa revisão, as ações da Petrobras enfrentaram, portanto, queda nas negociações em Bolsa. Com os papéis PETR4 recuando 1,37%, para R$ 36,78, e as ações PETR3 caindo 1,56%, para R$ 40,33, por volta das 11h35 (horário de Brasília).
Consideração do valor
O Goldman Sachs agora considera o preço do petróleo em torno de US$ 70 por barril para seus cálculos, citando fatores como a fraca demanda da China, a produção superior ao esperado nos EUA e os estoques positivos da OCDE como pressões sobre a cotação da commodity. Em vista desse cenário, o banco reduziu suas previsões de alta para as ações da Petrobras, ajustando o preço-alvo de R$ 53 para R$ 43,40 para as ações ordinárias (PETR3) e de R$ 48 para R$ 39,40 para as ações preferenciais (PETR4).
Apesar da revisão, o Goldman Sachs mantém a recomendação de compra para os papéis da Petrobras. O relatório ressalta que a empresa continua atraente. Ainda, com um spread de 3 pontos percentuais em seu fluxo de caixa livre em comparação com seus principais pares globais. Além da perspectiva de dividendos extraordinários nos próximos meses. Os analistas, assim, estimam que os US$ 6 bilhões serão pagos em duas parcelas. A primeira, em US$ 4 bilhões até o final de 2024 e os US$ 2 bilhões restantes no primeiro semestre de 2025.
Dividendos correndo riscos
Além da queda no preço do petróleo, o relatório do Goldman Sachs aponta outro risco significativo para os dividendos da Petrobras: o aumento da dívida bruta da empresa. Atualmente, a Petrobras estabeleceu um teto de US$ 65 bilhões para sua dívida até o final do ano fiscal de 2025.
A companhia, contudo, apresentou um plano ambicioso para expandir sua capacidade produtiva, com novas unidades previstas para iniciar operação em 2025. No entanto, os analistas do Goldman Sachs levantam preocupações sobre a possibilidade de a Petrobras ultrapassar seu limite de dívida para viabilizar esse plano de expansão.
O relatório sugere que, se a administração da Petrobras optar por pagar a dívida para manter o limite estabelecido, em vez de ajustar o teto para cima no novo plano estratégico previsto para novembro, isso pode ter implicações negativas. A decisão de manter o teto de dívida pode reduzir a disponibilidade de caixa da empresa e, consequentemente, representar um risco para as estimativas de dividendos. Isso ocorre porque a restrição no caixa pode limitar a capacidade da Petrobras de distribuir proventos elevados. Assim, impactando suas projeções de dividendos futuros.
Os analistas ressaltam que o equilíbrio entre a expansão dos projetos de produção e a gestão da dívida será crucial para manter a saúde financeira da empresa. Além da atratividade de suas ações para os investidores. A necessidade de um planejamento estratégico eficaz e a capacidade de adaptar-se às condições econômicas e financeiras serão fundamentais, no entanto, para a Petrobras enfrentar esses desafios e cumprir suas metas de dividendos.
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.