Guia do Investidor
02032023 bolsa familia logo
Notícias

Governo Lula deve cortar R$ 2 bilhões em gastos sociais

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

  • Economia prevista: Governo planeja economizar R$ 2 bilhões em benefícios sociais em 2025.
  • Redução de gastos: Bolsa Família teve queda de despesas de R$ 175 bilhões (2023) para R$ 166 bilhões (2024).
  • Estratégias: Combate à fraude e aumento do emprego impulsionam cortes nos custos.
  • Impacto social: Ministro Wellington Dias afirma que redução da pobreza diminui a necessidade de benefícios.
  • Ajuste fiscal: Ministério da Fazenda lidera terceira rodada de reuniões para revisar gastos públicos.
  • Críticas: Especialistas e ONGs alertam para possíveis impactos em populações vulneráveis.
  • Contexto: Medidas visam sinalizar responsabilidade fiscal ao mercado financeiro e zerar déficit em 2024.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT), declarou na manhã desta segunda-feira (11) que o governo federal pretende implementar medidas de ajuste fiscal, incluindo a revisão de benefícios sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A estimativa da pasta é gerar uma economia de R$ 2 bilhões em 2025.

Dias destacou que o foco das ações não é o combate à fraude e a ampliação do emprego como ajuda para reduzir despesas.

“Em 2023, abrimos o ano com uma previsão de gastos de R$ 175 bilhões para o Bolsa Família e fechamos o ano com R$ 168 bilhões. Neste ano, vamos fechar com R$ 166 bilhões, aproximadamente”.

afirmou o ministro.

Ele reforçou que a redução de custos acompanha a melhoria no cenário econômico e social.

Leia mais  Aumento do déficit primário e redução da receita primária são destacados em relatório do governo

Indicadores apontam para redução gradual de despesas

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, a queda nos gastos do Bolsa Família já soma R$ 9 bilhões entre 2023 e 2024. Para 2025, a expectativa é uma redução adicional de R$ 2 bilhões, abrangendo também outros benefícios.

“O crescimento do emprego combinado com o combate à fraude nos permite projetar uma redução mínima de R$ 2 bilhões em despesas”, afirmou Wellington Dias. O ministro ressaltou que o foco está na eficiência administrativa e sem impacto social positivo das medidas. “Quanto mais melhoramos o social, mais conseguimos reduzir despesas”, disse ele.

Dados da pasta indicam que o combate à fraude foi responsável por uma economia significativa, embora o detalhamento das ações e dos critérios de revisão ainda não tenha sido divulgado. No entanto, o ministro não especificou se haverá cortes diretos em benefícios ou nos gastos operacionais do ministério.

Impacto social e fiscal

Dias enfatizou que a diminuição da pobreza é fundamental para reduzir o número de pessoas dependentes de benefícios sociais. “Quanto mais pessoas saíram da pobreza, menos benefícios precisarão ser pagos”, destacou. Essa abordagem, segundo o ministro, está alinhada ao objetivo do governo de equilibrar o crescimento social e a responsabilidade fiscal.

Leia mais  PIB do Brasil cresce 0,8% e IBOV fecha em queda: confira o resumo dia

As medidas de contenção de gastos serão debatidas em uma nova rodada de reuniões licitadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), previstas para esta semana. O pacote de ajuste fiscal inclui a revisão de despesas em diversas pastas, com o objetivo de fortalecer a revisão do governo perante o mercado financeiro.

Haddad, que já respondeu duas rodadas de negociações, deve apresentar novas propostas para o controle de despesas e a ampliação de receitas. O esforço integra o compromisso do governo com a meta de zerar o déficit fiscal em 2024.

O mercado financeiro acompanha as transações. A revisão de benefícios sociais é vista como uma medida para sinalizar responsabilidade fiscal, especialmente após o aumento de gastos em programas sociais nos últimos anos.

Repercussão

A fala do ministro Wellington Dias ocorre em um momento em que o governo busca fortalecer sua imagem de “eficiência fiscal”. Segundo analistas, uma economia de R$ 2 bilhões representa um esforço específico, mas ainda limitado frente ao desafio de equilibrar as contas públicas. O déficit previsto para 2024 é de R$ 100 bilhões, o que coloca pressão sobre as medidas de ajuste em todas as áreas do governo.

Leia mais  PCdoB anuncia desfiliação de Manuela d’Ávila, vice de Haddad

Embora as expectativas sejam positivas, as críticas à falta de transparência sobre cortes específicos foram elevadas. As organizações da sociedade civil alertam para o impacto potencial das revisões sobre as populações vulneráveis.

Com os ajustes fiscais em curso, o governo espera manter o equilíbrio entre responsabilidade fiscal e proteção social, dois pilares considerados essenciais para a sustentabilidade econômica e a redução da desigualdade no país.


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Ibovespa recua 0,21% influenciado por balanços corporativos mistos

Rodrigo Mahbub Santana

Dólar sobe com expectativas fiscais no Brasil e dados de inflação nos EUA

Rodrigo Mahbub Santana

Ministro do STF ordena ações imediatas para barrar uso do Bolsa Família em apostas online

Paola Rocha Schwartz

Dirigente do PT é CEO de banco com falso lastro bilionário, diz PF

Paola Rocha Schwartz

Ibovespa fecha em leve queda de 0,14%

Rodrigo Mahbub Santana

Resumo do dia: Dólar a R$ 6,47, Mobly assume novo controle, Racha no PT, Suicídio planetário e Haddad rebate ao próprio partido

Paola Rocha Schwartz

Deixe seu comentário