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Governo Lula favorece a China em leilão de transmissão

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State Grid vence maior parte do leilão de transmissão no Brasil, levantando questões sobre os termos do edital e tecnologia favorecendo a empresa.

No maior leilão de transmissão da história do Brasil, realizado pela ANEEL, a State Grid emergiu como o grande vencedor, levantando preocupações entre outros participantes sobre os termos do edital. O lote 1, o maior dos três oferecidos e que demandará investimentos de mais de R$ 18 bilhões, foi ganho pela State Grid, que ofereceu um deságio de 39%.

O edital exigia uma tecnologia de corrente contínua (HVDC) específica, fornecida principalmente por empresas chinesas no Brasil, todas pertencentes à State Grid.

Polêmica sobre tecnologia específica em leilão de transmissão favorece State Grid

A State Grid, uma gigante chinesa no setor de energia, foi o principal vencedor do maior leilão de transmissão de energia já realizado no Brasil pela ANEEL. O leilão, que aconteceu na B3, somou R$ 21,7 bilhões de investimentos em três lotes.

O lote 1, o maior e mais disputado, exigia a utilização de uma tecnologia de corrente contínua (HVDC) específica, que é fornecida principalmente por empresas chinesas no Brasil, todas sob o guarda-chuva da State Grid. Isso levantou preocupações entre outros participantes do leilão, que alegaram que os termos do edital favoreciam a empresa chinesa desde o início.

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O lote 1, que passa pelos estados do Maranhão, Tocantins e Goiás, foi arrematado pela State Grid com um deságio de 39%, enquanto o lote 2 foi conquistado pelo consórcio Olympus XVI. O lote 3, o mais concorrido, foi arrematado pela Celeo Redes após uma disputa acirrada. A escolha da tecnologia HVDC antiga pela ANEEL foi criticada por participantes do leilão, que argumentaram que a adoção de uma tecnologia mais moderna teria permitido maior competição.

A vitória da State Grid no leilão levanta questões sobre a equidade e a transparência dos processos de licitação, especialmente em setores estratégicos como o de energia. Enquanto a empresa celebra seu sucesso, outros participantes e observadores do mercado questionam se os termos do leilão foram justos e se contribuíram para um ambiente de negócios competitivo e inovador no Brasil.

A Economia Chinesa está quebrada?

Nos últimos tempos, a crise financeira do Grupo Evergrande, uma das maiores construtoras e incorporadoras da China, tem reverberado nos mercados globais, levantando questões sobre a saúde do setor imobiliário chinês e as implicações mais amplas para a economia do país.

A empresa, que enfrentou um colapso na confiança dos investidores há dois anos ao anunciar que não seria capaz de honrar parte de suas dívidas, solicitou proteção contra falência pelo Capítulo 15 da legislação nos Estados Unidos, conforme documentos judiciais.

O Capítulo 15, um componente do Código de Falências dos EUA, oferece proteção aos ativos da empresa nos Estados Unidos enquanto os processos de reestruturação são conduzidos em outras jurisdições. Esse movimento foi uma resposta aos acordos internacionais de reestruturação de dívidas que a Evergrande vem trabalhando para resolver, principalmente em Hong Kong e nas Ilhas Cayman. Esses acordos são parte de uma tentativa de finalizar um plano de reestruturação de dívidas internacionais, após a empresa ter acumulado perdas alarmantes de cerca de US$ 81 bilhões ao longo de dois anos durante a crise no setor imobiliário.

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A Evergrande, que já estava inadimplente e enfrentava dificuldades financeiras, está agora buscando aprovação de seus credores para revisar seu plano de crédito. A gigante imobiliária enfrenta um dos maiores desafios de reestruturação de dívidas da China, um processo que se tornou ainda mais urgente devido ao colapso do setor imobiliário do país.

A crise da Evergrande trouxe à tona uma série de preocupações. Primeiramente, a situação da empresa reflete os riscos associados à expansão excessiva e ao alto endividamento das empresas do setor imobiliário chinês nos últimos anos. As medidas governamentais para conter a alavancagem no setor resultaram em um colapso dos preços dos imóveis e em uma desaceleração da demanda. Isso impactou negativamente a Evergrande e outras construtoras, levando a perdas substanciais.

Os problemas financeiros da Evergrande também lançaram luz sobre a vulnerabilidade do sistema financeiro chinês e sua capacidade de gerenciar riscos sistêmicos. Os números impressionantes de passivos da empresa, que chegam a US$ 340 bilhões, têm causado impacto não apenas no setor imobiliário, mas também em outros mercados. Um indicador da Bloomberg Intelligence que acompanha ações de desenvolvedores teve quedas acentuadas em julho.

Enquanto as autoridades chinesas buscam conter os riscos no setor imobiliário, a situação da Evergrande também ressalta as implicações globais da crise. A solicitação de proteção contra falência nos EUA destaca a natureza internacional das reestruturações de dívidas e como os desafios financeiros de uma empresa chinesa podem reverberar nos mercados internacionais.

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Os investidores e analistas estão atentos aos desdobramentos da crise da Evergrande, preocupados com o potencial de contágio para outras empresas e setores, bem como as consequências para a economia chinesa como um todo. Embora a economia chinesa não esteja quebrada, a crise da Evergrande serve como um lembrete dos riscos associados ao crescimento acelerado e ao endividamento excessivo em setores específicos.

Em conclusão, a crise financeira da Evergrande revela as vulnerabilidades do setor imobiliário chinês e as implicações mais amplas para a economia do país. A solicitação de proteção contra falência nos EUA destaca a dimensão internacional da crise e seu impacto nos mercados globais. Enquanto a economia chinesa como um todo não está quebrada, a crise da Evergrande destaca a necessidade de uma abordagem mais cautelosa em relação ao endividamento excessivo e ao crescimento descontrolado em setores específicos, visando mitigar riscos financeiros e sistêmicos.


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