Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

Governo Lula quer taxar TV, bicicletas e motos como “imposto do pecado”: entenda

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

Tributo seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, pode afetar bicicletas, motos e TVs, mas Zona Franca de Manaus permanecerá isenta.

O Ministério da Fazenda anunciou que o tributo seletivo, popularmente chamado de “imposto do pecado”, poderá incidir sobre produtos como bicicletas, motos e TVs. A justificativa é que esses produtos são fabricados em diversas regiões do país, incluindo a Zona Franca de Manaus (ZFM).

No entanto, para manter os benefícios fiscais das empresas instaladas na ZFM, o imposto seletivo só será aplicado a fabricantes de outras regiões, deixando a ZFM isenta. A proposta gerou controvérsias, especialmente entre associações ligadas ao setor de bicicletas, que questionam a inclusão do produto no mesmo patamar de itens como cigarros e bebidas alcoólicas.

Zona franca de manaus isenta enquanto outras regiões podem ser taxadas

A proposta de aplicação do tributo seletivo, também conhecido como “imposto do pecado”, em produtos como bicicletas, motos e TVs, gerou debates intensos. A ideia é que esses produtos, fabricados em várias regiões do Brasil, incluindo a Zona Franca de Manaus (ZFM), sejam taxados. No entanto, para preservar os benefícios fiscais das empresas localizadas na ZFM, o imposto seletivo só afetaria fabricantes de outras regiões, mantendo a ZFM isenta.

A decisão visa proteger os benefícios fiscais concedidos às empresas da ZFM, uma vez que a reforma tributária propõe o fim do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). O imposto seletivo, além de taxar produtos como tabaco e bebidas alcoólicas, servirá para manter os benefícios fiscais da ZFM.

Leia mais  Governo Lula eleva para 25% imposto sobre painéis solares

A Aliança Bike, uma associação que promove a economia da bicicleta no Brasil, manifestou sua insatisfação com a proposta. A associação questiona a lógica de taxar bicicletas da mesma forma que produtos prejudiciais à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas.

“O que bicicletas, cigarros, armas e bebidas alcoólicas têm em comum? De acordo com o novo texto da Reforma Tributária, aprovada na Câmara dos Deputados, muita coisa. Afinal, ele inclui a possibilidade de que as bicicletas sejam taxadas da mesma forma que os demais produtos citados, no contexto do novo Imposto Seletivo Federal (IS)”, diz a Aliança Bike, em nota.

A Aliança Bike destaca que a bicicleta é um meio de transporte sustentável e saudável, e sua taxação contradiz o discurso de preocupação ambiental e sustentabilidade da reforma tributária.

“A possível incidência do imposto seletivo sobre bicicletas seria uma completa distorção do real propósito desse novo tributo. Há um discurso muito propagado de que a Reforma Tributária teria uma preocupação com questões ambientais e de sustentabilidade, mas essa hipótese de tributação do Seletivo sobre as bicicletas mostra que esse discurso não passa do campo das intenções”, afirmou Luiz Gustavo Bichara, advogado que representa a Aliança Bike

Segundo a Aliança Bike, 82% de toda produção de bicicletas no país está espalhada por todo o território nacional, em quase todos os estados do país, enquanto 18% está concentrada na Zona Franca de Manaus. “O que defendemos é a desoneração ampla e mais justa da cadeia produtiva da bicicleta”, acrescentou.

Leia mais  Lula procura acomodar Dilma no governo com novo cargo na China

O Ministério da Fazenda esclareceu que, no caso das bicicletas, o imposto seletivo apenas substituirá o IPI, que será extinto com a reforma. A alíquota aplicada às bicicletas será a mesma atualmente aplicada pelo IPI, variando entre 6,5% e 10%.

“Não será, portanto, um imposto a mais. Além disso, nesses casos, no máximo se aplicará a alíquota que já é aplicada hoje no IPI – que, no caso das bicicletas, vai de 6,5% a 10% -, e não a mesma alíquota a ser aplicada a bebidas alcóolicas e cigarros”, informou o Ministério da Fazenda.

A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado Federal e passar por uma nova votação na Câmara dos Deputados antes de entrar em vigor.


Nos siga no Google News
Leia mais  Arcabouço fiscal não deve estabilizar dívida pública, diz professor da PUC-RJ

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Imposto sobre cães na Alemanha gera arrecadação milionária

Rodrigo Mahbub Santana

Resumo do dia: Crescimento das indústrias automotivas, Hora de comprar ações das Americanas, Restrição de publicidade das Bets e Frieza no encontro de presidentes

Paola Rocha Schwartz

COP29 propõe taxar criptomoedas e mineradoras de Bitcoin

Fernando Américo

Deputados da oposição cobram retratação pública e moção de repúdio a Janja por ofensas a Musk

Paola Rocha Schwartz

Temer critica arcabouço fiscal: “teto de palha”

Paola Rocha Schwartz

Governo Lula eleva para 25% imposto sobre painéis solares

Fernando Américo

Deixe seu comentário