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No começo desse mês de Julho, os investidores gringos devolveram R$ 1,46 bilhão para a bolsa de valores brasileira, a B3.
Julho começou cheio de altos e baixos, na última segunda-feira (01), os gringos retiraram na B3, R$ 219,65 milhões, mas foram injetados R$ 1,02 bilhão na terça (02) e mais R$ 656,47 milhões na quarta (03).
Segundo informações, os investidores gringos devolveram R$ 1,46 bilhão para a bolsa de valores brasileira.
No mês de junho, o fluxo estrangeiro fechou mais uma vez no vermelho. O saldo dos estrangeiros nos mercados primário e secundário brasileiro foi de R$ 4,2 bilhões negativos, de acordo com dados da Necton.
Em 2024, os gringos já retiraram R$ 37,4 bilhões da bolsa. Nenhum dos meses deste ano, até então, fechou com saldo positivo.
B3 fará pagamento de dividendos
A B3 informou que o seu conselho de administração, aprovou o pagamento de R$ 470 milhões em proventos, entre dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP).
Segundo informações, os acionistas irão receber um total de R$ 280 milhões, equivalente ao valor bruto de R$ 0,05108332 por ação. O pagamento, já irá reduzir o Imposto de Renda na Fonte de 15% (exceto para acionistas com tributação diferenciada ou isentos), resultará em um valor líquido de R$ 0,04342082 por ação, considerando o número de ações em circulação até 31 de maio.
A empresa informou que, além dos JCP, será distribuído dividendos referentes ao resultado do 1T24, no valor total de R$ 190 milhões. Este montante equivale a R$ 0,03466368 por ação, também considerando o número de ações em circulação até 31 de maio.
O pagamento será realizado em 05 de julho de 2024 e tomará como base de cálculo a posição acionária de 18 de junho de 2024. A partir de 19 de junho, os acionistas não terão mais direito ao pagamento.
B3 já possui 19,4 milhões de investidores
O mês de março registrou um aumento na base de investidores pessoas físicas na B3 pelo oitavo mês seguido, somando 5,1 milhões de investidores em renda variável e 16,3 milhões em renda fixa. O total de investidores na bolsa brasileira atingiu a marca total de 19,4 milhões de pessoas físicas (descontando as duplicidades de investidores que investem em produtos das duas modalidades), uma alta de 2% no ano. Desde 2020, a base de investidores já cresceu mais de 80%.
No balanço do 1º trimestre apresentado pela bolsa, o valor em custódia dos investidores também cresceu se comparado ao mesmo período do ano anterior: em renda variável (ações, ETFs, BDRs e FIIs, entre outros), o valor chegou a R$ 556,5 bilhões, uma alta de 27%; já em renda fixa (produtos de dívida e captação bancária) o valor em custódia atingiu a marca de R$2,2 trilhões, uma alta de 24% se comparado ao período anterior. A participação da pessoa física no volume do mercado de ações é de 18%. Em 2020, elas representavam 14%.
Em renda fixa, produtos de captação bancária como CDBs, RDBs, LCIs e LCAs ganharam 1,9 milhão de novos investidores no trimestre e os de dívida corporativa (debêntures, CRIs, CRAs e notas comerciais) 182,8 mil novos investidores. Os valores em custódia também cresceram nesses investimentos: 22% no caso de captação bancária, atingindo R$1,7 trilhão e 38% em dívidas corporativas (R$ 310,3 bilhões). Já o Tesouro Direto registrou 500 mil novos investidores entre março de 2023 e março de 2024, com um volume investido que chega a R$ 130 bilhões.
Outro destaque do trimestre foram os fundos imobiliários, que cresceram o número de investidores em 5% nos últimos três meses, chegando a 2,6 milhões. O investimento em fundos de investimento imobiliários é predominantemente dominado pelas pessoas físicas, que hoje detêm 76% do saldo total no produto.
“O número de pessoas alocando parte de seus recursos em Bolsa mantem uma tendência positiva há meses. É uma gaveta que se abriu dentro do plano orçamentário destinado para renda variável. Assim como gavetas para renda fixa, poupança, fundos entre outros produtos. Ao possuir um determinado instrumento financeiro, o investidor passa a ter contato e aprender sobre o entorno desse ativo, o que a empresa faz, sua gestão, política de pagamento de dividendos, números, dados financeiros etc. É um movimento crescente no entendimento e conscientização sobre investimentos”, afirma Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoas Físicas da B3.
O diretor destaca que o aumento do número de pessoas físicas chegando à bolsa exige um investimento constante da B3 em tecnologia voltada a melhorar a experiência do investidor. “Os brasileiros já se acostumaram com as facilidades que a tecnologia pode proporcionar em diferentes áreas de economia, e não seria diferente para o mundo das finanças. O nosso papel é justamente construir facilidades e novidades para tornar a experiência cada vez mais motivadora e sem fricções que, no final do dia, entregue para esse investidor valor relacionado à otimização de tempo, serviço e informação”, explica Paiva.
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