O comunicado foi divulgado nesta quarta-feira (30) pelo governo venezuelano.
Na quarta-feira (30), a Venezuela fez uma convocação do embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vadell, para consultas e manifestar seu descontentamento com o governo brasileiro.
Segundo informações, a declaração do Ministério de Relações Exteriores menciona especificamente o assessor do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim.
O comunicado feito governo venezuelano afirma que Amorim se comporta como um “mensageiro do imperialismo norte-americano” e diz que o assessor do presidente Lula tem se dedicado a “emitir juízos de valor sobre processos que correspondem somente aos venezuelanos e venezuelanas”.
A carta do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela ainda classifica as declarações de Amorim como uma “agressão constante” que tem minado as relações diplomáticas entre os países.
Venezuela se sentiu “envergonhada e indiganada” por não receber apoio do Brasil no BRICS
o governo da Venezuela denunciou que o Brasil vetou sua entrada no BRICS durante a reunião de cúpula realizada na cidade russa de Kazan, Venezuela se disse envergonhada e considerou uma “agressão” e um “gesto hostil” contra o país.
A relação entre Brasil e Venezuela esfriou desde as eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho, nas quais Nicolás Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato, em meio a denúncias de fraude.
A Venezuela buscava há meses ser membro ativo do bloco. Maduro viajou a Kazan, na Rússia, para se reunir com os parceiros do BRICS e o presidente russo, Vladimir Putin, manifestou-lhe apoio.
Venezuela confiscou US$ 90 mil de conta da embaixada da Argentina
No final do mês de agosto, a embaixada da Argentina na Venezuela informou às autoridades de Caracas que o dinheiro que tinha na sua conta bancária foi roubado.
De acordo com a CNN, foi detectado o furto, a representação diplomática pediu explicações ao banco e formalizou a denúncia. Ele disse que o valor extraído é de US$ 90 mil.
O evento ocorre ao mesmo tempo em que existe uma relação tensa entre os governos dos dois países. O presidente da Argentina, Javier Milei, e o da Venezuela, Nicolás Maduro, trocaram acusações e ofensas nos últimos meses
O Governo da Argentina solicitou ao Governo da Venezuela os correspondentes salvo-condutos, que até o momento não foram emitidos. O Brasil é responsável pela guarda da Embaixada da Argentina e também daqueles opositores.
Maduro bloqueou acesso à Binance na Venezuela
No último sábado (10), a Binance confirmou em uma publicação nas redes sociais que o Governo da Venezuela, sob o comando do ditador Nicolás Maduro, bloqueou o acesso de investidores à sua plataforma. A medida faz parte de um esforço maior para controlar o fluxo de informações e amenizar a pressão internacional sobre as alegações de fraudes eleitorais que pairam sobre as recentes eleições presidenciais no país.
Maduro, que afirma ter vencido as eleições realizadas no final de julho de 2024, não apresentou as atas eleitorais que comprovariam sua vitória. A oposição, por sua vez, alega ter provas de que Maduro foi derrotado, o que tem gerado tensão política e internacional.
Com o bloqueio, diversos investidores venezuelanos relatam dificuldades em acessar suas contas na Binance, a maior plataforma de negociação de criptomoedasdo país. A Binance confirmou o problema e garantiu que os fundos dos usuários estão seguros, destacando que o bloqueio afeta não apenas corretoras de criptomoedas, mas também diversas redes sociais.
Em nota pública, a Binance comunicou:
“Caros Binancers, assim como diversos sites de empresas de diversos segmentos na Venezuela, inclusive redes sociais, as páginas da Binance têm enfrentado restrições de acesso. Queremos garantir que seus fundos estão seguros sob nossos robustos protocolos de segurança. Compreendemos o inconveniente e a preocupação que esta situação pode causar. Estamos monitorando a situação de perto para resolvê-la da melhor e mais rápida maneira possível. Sinceramente, A equipe Binance.”
Bitcoin: Uma Ferramenta Resistente à Censura
Apesar dos esforços de Nicolás Maduro para controlar a economia e as informações na Venezuela, o Bitcoin continua a ser uma ferramenta poderosa que escapa de suas tentativas de bloqueio. A natureza descentralizada do Bitcoin o torna praticamente impossível de ser controlado ou bloqueado por qualquer governo.
Ao longo dos anos, Maduro tem intensificado sua repressão a plataformas de criptomoedas e redes sociais, especialmente em momentos de crise política. No entanto, o Bitcoin não depende de uma entidade centralizada, como bancos ou corretoras que podem ser facilmente reguladas ou fechadas pelo governo. Sua rede é mantida por uma vasta comunidade global de mineradores e nós, tornando-o resistente à censura.
Mesmo que o governo venezuelano tente bloquear sites de corretoras ou limitar o acesso à internet, os usuários ainda podem acessar e negociar Bitcoin através de redes privadas virtuais (VPNs) ou utilizando ferramentas como a rede Tor, que permitem driblar censuras e manter o anonimato. Além disso, o Bitcoin é armazenado em carteiras digitais que não podem ser congeladas ou confiscadas sem o acesso direto à chave privada do usuário.