PCdoB anuncia desfiliação de Manuela d’Ávila, vice de Haddad

• O PCdoB confirmou a desfiliação de Manuela d’Ávila, ex-deputada e vice na chapa de Fernando Haddad em 2018
• Manuela justificou sua decisão como resultado de “falta de opção” política, após 23 anos de militância no partido
• O partido lamentou a saída de Manuela, ressaltando que tentaram manter a ex-deputada por meio de diálogos persistentes
• Manuela atuou como vereadora, deputada federal e estadual, além de ter tentado a prefeitura de Porto Alegre em três ocasiões
• Em entrevista, Manuela afirmou que agora, como mulher sem partido, se sente livre para criticar todos os partidos

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) anunciou oficialmente neste domingo (3) a desfiliação de Manuela d’Ávila, que foi vice na chapa do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante as eleições presidenciais de 2018. A saída da ex-deputada, após 23 anos de militância no partido, ocorre em um momento de reflexão sobre o cenário político atual. Manuela revelou que tomou a decisão devido à “falta de opção”.

Em uma nota oficial, o PCdoB expressou sua tristeza pela saída de Manuela, destacando que embora a decisão fosse respeitada, ela foi lamentada pelo partido. O comunicado ressaltou que houve um “diálogo persistente” com a ex-deputada na tentativa de convencê-la a permanecer, mas as conversas não surtiram efeito.

Demais papéis importantes

O PCdoB acredita que Manuela poderia desempenhar papéis importantes na reconstrução do país, especialmente em um momento de grandes desafios na luta de classes, tanto no Brasil quanto no mundo.

“Convictos de que no PCdoB Manuela poderia desempenhar papéis relevantes para a reconstrução do país, nesse momento de grandes exigências da luta de classes no Brasil e no mundo, empreendemos com ela um diálogo persistente e respeitoso, no esforço para que o desfecho fosse outro”, afirmou o PCdoB em comunicado.

Manuela d’Ávila havia anunciado sua saída do PCdoB no dia 16 de outubro. Em uma entrevista ao portal ICL Notícias, ela destacou que não se considera uma “mulher sem partido” por escolha, mas por falta de alternativas viáveis e condições claras para decidir seu futuro político.

“Depois de 25 anos em um único partido, eu não sou uma mulher sem partido por opção, eu sou por falta de opção, por falta de condições de qual caminho seguir. (…) Hoje, eu sou uma mulher sem partido, por isso posso criticar todos eles”, afirmou a ex-deputada.