Criptomoedas

Butão supera El Salvador em número de Bitcoin

Butão revela possuir 13.029 BTC, superando El Salvador como um dos maiores detentores da criptomoeda número 1 do mundo, o Bitcoin.

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O Butão, um pequeno reino budista no sul da Ásia, surpreendeu o mundo ao ser revelado como um dos maiores detentores de Bitcoin, ultrapassando até El Salvador, o país que adotou a criptomoeda como moeda oficial. De acordo com dados da Arkham Intelligence, uma plataforma de análise on-chain, o Butão possui 13.029 BTC, avaliados em aproximadamente US$ 758 milhões. Essa quantia coloca o Butão entre os maiores “baleias” de Bitcoin do mundo, destacando o impacto significativo que a mineração de criptomoedas tem na economia do país.

Os Bitcoins detidos pelo Butão foram adquiridos através das operações de mineração realizadas pela Druk Holdings (DHI), o braço de investimentos do governo. Além do Bitcoin, a DHI também detém 656 ETH (Ethereum), avaliados em cerca de US$ 1,5 milhão, além de quantidades menores de outras criptomoedas, como BNB e Polygon, conforme apurado pela Arkham.

A descoberta foi feita pela Arkham por meio da análise das atividades on-chain da DHI e foi confirmada com imagens de satélite que mostram a construção de instalações de mineração no local do antigo projeto Education City, que foi desativado. A mineração de Bitcoin no Butão começou em abril de 2019, quando o preço da criptomoeda girava em torno de US$ 5.000. Desde então, o Butão consolidou sua posição como um importante player no cenário global de criptomoedas.

Atualmente, as reservas de Bitcoin do Butão representam cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que deve alcançar US$ 3 bilhões até o final de 2024. Isso evidencia o papel crucial da mineração de Bitcoin na economia butanesa. A mineração sustentável de Bitcoin no Butão é feita com foco em energia renovável, aproveitando a abundância de recursos naturais do país.

Em 2023, a DHI firmou uma parceria com a Bitdeer, uma empresa especializada em mineração, para expandir as operações de mineração de Bitcoin no país. A parceria busca aumentar a capacidade de mineração utilizando energia renovável. Em abril de 2024, o Butão anunciou novas atualizações que irão elevar sua capacidade de mineração em 500 megawatts até 2025, totalizando 600 MW de capacidade.

Enquanto isso, El Salvador, que iniciou suas aquisições de Bitcoin em setembro de 2021, detém atualmente 5.875 BTC, avaliados em cerca de US$ 331 milhões. Embora esse valor represente menos da metade das reservas do Butão, El Salvador comprou a criptomoeda a um preço médio mais elevado, de US$ 43.900 por Bitcoin. Como resultado, o país tem um lucro agregado de 32,6% em suas operações de Bitcoin.

Assim como o Butão, El Salvador também utiliza fontes de energia renovável para a mineração de Bitcoin, aproveitando a energia geotérmica gerada por seus vulcões. Ambas as nações enxergam a mineração sustentável de Bitcoin como uma estratégia para explorar o potencial das criptomoedas e diversificar suas economias.

Embora a Arkham Intelligence tenha revelado esses dados, o governo do Butão ainda não se pronunciou oficialmente sobre as quantidades de criptomoedas detidas pelo país. O Butão, com uma população de aproximadamente 790 mil habitantes, contrasta com os 6,3 milhões de pessoas em El Salvador, o que ressalta as diferentes formas com que as criptomoedas estão impactando as economias dessas duas nações.

O planejamento ambicioso do Butão para expandir ainda mais suas operações de mineração de Bitcoin nos próximos anos sinaliza a importância crescente das criptomoedas para o futuro do país. A aposta do Butão em um modelo de mineração sustentável e seu compromisso com o aumento de suas reservas de Bitcoin podem colocá-lo em uma posição ainda mais forte no mercado global de criptomoedas.