Por que investir em criptomoedas em estágio inicial é uma decisão inteligente?

Por que investir em criptomoedas em estágio inicial é uma decisão inteligente?

O mercado brasileiro de criptoativos mostra que em 2025 está em pleno aquecimento. Há poucas semanas, o Bitcoin renovou sua máxima histórica ao tocar 112 mil dólares (cerca de R$ 620 mil), o que reforçou o apetite dos investidores por oportunidades de maior risco e retorno, especialmente em fases de pré-venda de tokens.

Não se trata de nicho, já que 12,29% dos brasileiros entre 16 e 64 anos já possuem alguma criptomoeda, proporção que coloca o país à frente de Estados Unidos e Japão. Ao mesmo tempo, o ambiente regulatório amadurece.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) incluiu tokenização, crowdfunding de ativos virtuais e adequação de ofertas iniciais entre as prioridades de sua Agenda Regulatória 2025, indicando fiscalização mais rígida sobre captações irregulares e estrutura de incentivos que favoreçam projetos sérios.

Chegando primeiro: O potencial no ciclo 2025

Entrar em um pré-lançamento de criptomoedas significa aportar capital antes de o ativo estrear em grandes exchanges, muitas vezes em rodadas conhecidas como ICOs, IDOs ou IEOs, por exemplo.

O caso clássico continua sendo o Ethereum, vendido a US$ 0,31 em 2014, preço que multiplicou mais de 11.900% até meados de 2025, quando o token oscila próximo de 3.700 de dólares.

Embora poucos projetos repitam essa magnitude, o retorno médio das listagens iniciais em launchpads ainda é considerável. De acordo com o painel de IDO da CryptoRank, a ROI média atual nas principais plataformas caiu de 4x em 2024 para 2,8x em 2025, mas permanece acima de benchmarks tradicionais de renda variável.

A atratividade também se sustenta em fatores conjunturais. Primeiro, a dominância do Bitcoin subiu para 59,3% em 2025, indicando influxo institucional constante que “puxa” o resto do mercado cripto.

Segundo, os registros de captação em launchpads não arrefeceram. Plataformas sediadas na Ásia e na Europa continuam levantando milhões de dólares por projeto, segundo alguns relatórios.

Essa liquidez rápida permite que times de desenvolvimento impulsionem marketing e entregas de roadmap, retroalimentando o interesse dos primeiros investidores. E são três os elementos que costumam acelerar o preço de um token pós-listagem. O primeiro é narrativa forte.

Em 2025, soluções ligadas a inteligência artificial, tokenização de ativos do mundo real (RWA) e finanças descentralizadas institucionais têm dominado as manchetes e atraído capital de risco. O segundo é a subida rápida de base de usuários, muitas vezes medida por carteiras ativas ou TVL nas semanas que sucedem o TGE (Token Generation Event).

O terceiro é o fomento de mercado secundário, via market makers ou pools de liquidez, que reduzem a volatilidade bid-ask inicial e aumentam a confiança de holders de curto prazo. Quando esses três vetores convergem, mesmo projetos modestos podem entregar altas de dois dígitos em questão de dias.

Dados do mercado cripto em 2025

O Brasil também já protagoniza histórias de euforia e frustração. A Digitra.com, exchange fundada pelo ex-CEO do Mercado Bitcoin, lançou o token DGTA a US$ 1,00 em 2023.

Após hype inicial e listagem em corretoras menores, o ativo negociava a cerca de US$ 0,0077 em agosto de 2025, uma queda superior a 99%, ilustrando o risco de investir sem due diligence completo.

Na outra ponta, o marketplace Bitypreço viu seu volume aumentar entre 2022 e 2024 ao integrar recompensas em cripto nos serviços bancários, caso que, embora não envolva um token próprio, mostra como comunidades engajadas podem sustentar valorizações de projetos associados.

Do ponto de vista legal, a bússola continua sendo a Instrução Normativa 1888/2019, que obriga exchanges nacionais e usuários com operações acima de R$ 30 mil mensais a reportar transações à Receita Federal até o último dia útil do mês subsequente. A autarquia atualiza o leiaute dessa declaração quase todos os anos.

Em 2024, por exemplo, inaugurou a “DeCripto” para simplificar o envio de informações. E quem negligencia o dever fiscal corre risco dobrado. Multa pecuniária e, em casos extremos, processo por sonegação.

No front regulatório, o Plano Bienal de Supervisão 2025-2026 da CVM manteve como prioridade o monitoramento de tokenização e de ofertas públicas em blockchain, prevendo ações presenciais nos emissores e intensificação da troca de dados com o Banco Central. Esse arranjo institucional eleva a barra para os projetos mal-intencionados e favorece quem pratica transparência desde o primeiro pitch.

Conclusão

Investir em early coins continua sendo um jogo de risco-retorno assimétrico. Basta um acerto para multiplicar capital, mas bastam alguns erros para comprometer meses de esforço.

A chave está no equilíbrio. Limitar o valor em jogo, como sugere o próprio órgão regulador, reduz o impacto de resultados adversos.

Já um processo disciplinado de due diligence, apoiado em auditorias independentes, leitura de documentos técnicos e análise de comunidade, filtra boa parte das armadilhas.

Mas o principal continua sendo respeitar a lei brasileira. A Receita Federal vem aprimorando mecanismos de cruzamento de dados, e a CVM dá sinais de que projetos sem lastro regulatório terão vida curta.

Quando o investidor entende que compliance não é antagonista do lucro, mas sim condição para preservá-lo, passa a enxergar as pré-vendas não como apostas de loteria, mas como parte de uma estratégia robusta de diversificação.

Esse olhar, aliado à imensa liquidez global que continua fluindo para o setor, recorde de bilhões de dólares captados em launchpads em 2024 e tendência de alta em 2025, mantém viva a tese de que entrar cedo pode ser a decisão mais inteligente do ciclo atual.

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Guia do Investidor

O portal Guia do Investidor foi criado com o intuito de trazer informação para quem precisa: aqueles que precisam aprender sobre educação financeira, investidores iniciantes, amadores, traders de longa data e todo público voltado para o mercado financeiro. E levando informação, levamos conhecimento, que consequentemente, leva a resultados, ou seja, lucro. E consequentemente, este lucro traz benefícios reais na vida de cada cidadão;

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