Você já ouviu falar em previdência privada? Para quem está pensando em investir em uma aposentadoria tranquila, ela surge como uma opção além do INSS. Assim, existem duas modalidades: PGBL ou VGBL – e hoje, vamos te ajudar a entender a diferença dessas duas para você saber qual escolher.
Em primeiro lugar, segundo a Secretaria da Previdência Social, o Brasil tem hoje pouco mais de 19 milhões de aposentados pelo INSS. Desses, a cada três, dois ganham um salário-mínimo. Não à toa, 46% dos aposentados dizem que o valor da previdência não é suficiente para pagar as contas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desse modo, é possível entender o porquê de alguns terem interesse em trazer um complemento com uma previdência privada; e então, ter uma renda mais robusta durante a velhice.
Além disso, cabe apontar que os planos de previdência também são bons atrativos para investir, pois tem vantagens de impostos ao compararmos com investimentos de renda fixa comuns.
Isso porque, segundo dados da Nord Research, na tabela regressiva o imposto mínimo que se paga é 15% (após 2 anos). Já nos planos de previdência, o mínimo que se paga é 10% (após 10 anos).
Então, para quem está pensando em uma opção a longo prazo, essas são opções a se considerar.
Índice de conteúdo
O que é PGBL? – PGBL ou VGBL qual escolher
O PGBL significa “Plano Garantidor de Benefício Livre”. É uma maneira de guardar dinheiro para quando você se aposentar. Logo, é ideal para quem quer garantir um dinheiro extra na aposentadoria. Entre os brasileiros, esse tipo de poupança para a velhice é bem popular.
A vantagem desse plano é que você pode pagar menos Imposto de Renda com os valores que coloca nele. Porém, vai pagar imposto sobre esse dinheiro quando for retirá-lo.
Isso é bom porque ajuda a aumentar o seu investimento. O PGBL é especialmente útil para quem faz a declaração do Imposto de Renda pelo modelo completo, já que permite isentar uma parte da renda bruta.
Mas atenção: o valor investido no PGBL não deve exceder 12% da sua renda anual. Ao sacar o dinheiro, cobra-se impostos sobre o total investido e os lucros. Então, é importante planejar com cuidado, já que a tributação pode ser significativa.
Sendo assim, é um plano bom para quem faz a declaração completa do IR, já que o benefício surge na acumulação do patrimônio.
Tipos de tributação
Então, é possível deduzir do Imposto de Renda até 12% da renda tributável. Na hora de sacar, o imposto incide sobre todo o valor. Existem dois tipos de tributação do PGBL: com tabela regressiva ou a progressiva. Escolher o tipo certo depende de algumas escolhas. Você precisa pensar em quanto tempo pretende guardar dinheiro e o que espera ganhar com esse investimento. Cada pessoa tem um jeito diferente de investir, então o plano ideal varia de pessoa para pessoa.
A regressiva é aquela que diminui com o tempo, podendo chegar a 10% após 10 anos. Já a progressiva varia de acordo com o valor do saque. Assim, para quem planeja investir por muitos anos, a tributação regressiva pode ser mais atraente, pois chega a uma alíquota mínima de 10%.
Vale ressaltar que a taxa de 10% surge como a menor entre os investimentos disponíveis no Brasil, mostrando essa opção como um potencial investimento de renda fixa a longo prazo.
Como funciona a portabilidade do PGBL?
A portabilidade do PGBL é um recurso de muita utilidade, uma vez você pode transferir seu plano de uma instituição para outra, buscando melhores condições ou rendimentos. Mas existem regras:
- Tipo de Plano: Quem tem PGBL só pode migrar para outro PGBL, não sendo possível trocar por outro tipo de plano.
- Tipo de Tributação: Se você escolheu a tributação regressiva, deve manter essa escolha. A mudança é permitida apenas da progressiva para a regressiva.
Essa flexibilidade é uma vantagem dos planos de previdência privada. Em outros investimentos, como fundos de renda fixa, você pagaria Imposto de Renda se transferisse os recursos para outro fundo.
Quais as taxas do PGBL?
Existem duas taxas principais no PGBL:
- Taxa de Carregamento: Serve para pagar o corretor que vendeu o plano. Mas, muitos planos hoje não cobram esse tipo taxa.
- Taxa de Administração: Paga a equipe que gerencia o plano. É importante comparar as taxas entre diferentes instituições, buscando um valor justo pelo serviço oferecido.
Além disso, um benefício do PGBL é que ele não tem “come-cotas”, uma cobrança antecipada de Imposto de Renda comum em fundos multimercados e outros investimentos. Isso representa uma economia adicional para o investidor.
Como fazer o resgate do PGBL?
É possível fazer o resgate do PGBL por meio de um saque único do valor total ou então receber o dinheiro por meio de pagamentos mensais, como uma aposentadoria complementar – sua principal função.
A decisão de resgate total deve ser bem pensada, pois envolve diversos fatores e pode ter implicações significativas.
Resgate Total
Na Previdência Privada, existem duas fases: a de acúmulo, onde se fazem os aportes e o dinheiro é investido, e a de usufruto, onde o investidor pode usufruir do montante acumulado. O início da fase de usufruto é definido no contrato do plano, e é nesse momento que se escolhe como o dinheiro será resgatado. O resgate total acontece justamente nessa fase.
O resgate total serve para quem tem um objetivo específico, como a compra de um imóvel ou a realização de um grande projeto, e precisa do montante integral para isso. Mas, ao optar por isso, o investidor encerra a conta junto à instituição financeira e perde a possibilidade de continuar recebendo os rendimentos.
Os benefícios do resgate total incluem a liberdade de utilizar o montante como desejar, sem as taxas recorrentes de administração ou carregamento. No entanto, é preciso estar atento à taxa de saída, caso exista, e às implicações no Imposto de Renda.
Porém, o resgate total pede um gerenciamento do montante recebido por conta própria, sem a segurança de um fluxo constante de renda. Além disso, dependendo do plano e da tabela de IR, pode haver uma perda do valor devido aos impostos, ainda mais se o resgate for feito antes do prazo dado para o início do usufruto.
O que é VGBL? – PGBL ou VGBL qual escolher
O VGBL, ou Vida Gerador de Benefício Livre, também é um investimento onde se guarda dinheiro pensando na aposentadoria. E, apesar dos nomes parecidos, vamos entender as diferenças. Esse plano, além de ser focado nisso, tem a vantagem de também ser um seguro de vida.
Quando se investe em um VGBL, são feitas contribuições aplicadas em fundos de investimento. Esses fundos podem variar de perfil, desde mais conservadores, focados em renda fixa, até mais agressivos, com investimentos em renda variável como ações. O rendimento do plano VGBL vai depender da performance desses fundos.
É crucial estar atento às taxas e aos custos envolvidos, pois eles podem impactar o retorno. Além disso, é bom acompanhar a performance dos fundos onde seu dinheiro está para assegurar o alinhamento com seus objetivos e perfil de risco.
Ao final do período de acumulação, o valor que se juntou no VGBL se usa para calcular a renda que a pessoa vai receber. Essa renda é com base no total acumulado, em tabelas que estimam a longevidade e numa taxa de juros predefinida.
Para garantir a segurança do plano, o VGBL deve ser aprovado pela SUSEP, órgão regulador. É possível verificar detalhes do plano, como a aprovação e simular a renda a ser recebida no site da SUSEP. Além disso, o valor da renda se atualiza todo ano, de acordo com o índice definido no regulamento do plano, e pode incluir o repasse de excedentes financeiros durante o período de pagamento.
Tipos de tributação
O Imposto de Renda no VGBL incide de maneira diferente em comparação a outros tipos de investimentos. Aqui, aplicam o IR apenas sobre os lucros obtidos (a rentabilidade acumulada), e não sobre o total resgatado.
No VGBL, os aportes não são dedutíveis do IR no ano em que são feitos. Isso quer dizer que, enquanto em outros planos você pode adiar o pagamento do IR para o futuro, no VGBL os recursos depositados já são considerados após o pagamento de impostos.
Ademais, assim como o PGBL, ao se tratar das opções de tributação, o VGBL oferece duas tabelas: a progressiva e a regressiva. A escolha entre elas depende de vários fatores, como o montante a se resgatar e o tempo de investimento.
Então, com a Tabela Progressiva, as alíquotas do IR aumentam conforme o valor resgatado. Essa tabela pode ser mais vantajosa para resgates de valores menores. Já com a Tabela Regressiva, as alíquotas de IR começam mais altas e vão diminuindo com o tempo de investimento. Quanto mais tempo o dinheiro fica investido, menor é a alíquota de IR. Essa opção pode ser mais benéfica para investimentos de longo prazo, de mais de dez anos.
Enfim, a tributação do VGBL se retem na fonte, o que significa que o investidor não precisa se preocupar em calcular ou pagar o IR de forma separada. Ao solicitar o resgate, o valor do imposto é deduzido, e o investidor recebe o valor líquido de impostos.
Casos de Herança
Um benefício a mais do VGBL é em relação ao processo de herança. Os recursos que se acumulam no VGBL são passados aos beneficiários sem entrar no inventário, o que diz que eles não são sujeitos aos custos e impostos que costumam ser associados à transmissão de heranças.
Além disso, o VGBL tem proteção contra penhora em algumas situações judiciais, o que pode ser um fator útil para alguns investidores.
Como funciona a portabilidade do VGBL?
A portabilidade do VGBL funciona do mesmo modo que do PGBL: quem tem VGBL só pode migrar para outro VGBL, não sendo possível trocar por outro tipo de plano.
Além disso, do mesmo modo, se você escolheu a tributação regressiva, deve manter essa escolha. A mudança só vale apenas da progressiva para a regressiva.
Quais as taxas do VGBL?
As taxas são semelhantes ao do PGBL:
- Taxa de Carregamento: Serve para pagar o corretor que vendeu o plano. Mas, muitos planos hoje não cobram esse tipo taxa.
- Taxa de Administração: Paga a equipe que gerencia o plano. É importante comparar as taxas entre diferentes instituições, buscando um valor justo pelo serviço oferecido.
Como fazer o resgate do VGBL?
Novamente, como o PGBL, dá para fazer o resgate do VGBL por meio de um saque único do valor total ou então receber o dinheiro por meio de pagamentos mensais, como uma aposentadoria complementar – sua principal função.
Quem pensar em fazer resgate total deve refletir bastante, pois envolve diversos fatores e pode ter implicações significativas que já tratamos aqui.
PGBL ou VGBL: veja as diferenças para saber qual escolher
Entender as diferenças entre o PGBL e o VGBL é essencial para escolher o plano de previdência privada mais adequado ao que se espera para a velhice. Ambos os planos são formas de poupança para o futuro, mas suas tributações pelo Imposto de Renda é o que os diferencia.
Então, como já dito, o PGBL é surge como boa opção para quem faz a declaração completa do IR. A principal característica desse plano é poder deduzir as contribuições do IR, até o limite de 12% da renda bruta anual. Isso reduz a base de cálculo do IR no presente, gerando economia imediata em impostos. Porém, quando chegar a hora de resgatar o investimento ou começar a receber a renda do plano, o IR se cobrará sobre o montante total acumulado, incluindo os aportes e os rendimentos.
Por outro lado, o VGBL é mais apropriado para quem é isento de IR ou opta pela declaração simplificada. Neste plano, as contribuições não são dedutíveis do IR. A vantagem está no momento do resgate ou do recebimento da renda: o IR incide somente sobre os rendimentos, não sobre o total acumulado. Isso significa que, se o plano tiver uma rentabilidade alta, o impacto do IR será apenas sobre esses lucros, e não sobre o valor total que você acumulou ao longo do tempo.
Enfim, a escolha entre PGBL e VGBL depende da sua situação fiscal e de como você declara seu IR. Se você pode se beneficiar da dedução fiscal oferecida pelo PGBL, este plano pode ser mais atrativo. Caso contrário, o VGBL pode ser a escolha mais adequada, principalmente se você espera uma boa rentabilidade do seu investimento e não quer que o valor total acumulado seja tributado.
O que acontece em caso de morte do titular – PGBL ou VGBL qual escolher
Quando o titular de um plano de previdência privada, seja PGBL ou VGBL, falece, o que acontece com os recursos depende de em qual fase do plano o titular estava: fase de acumulação ou fase de recebimento dos benefícios. Cada uma dessas fases tem regras específicas quanto ao destino dos recursos.
Falecimento Durante a Fase de Acumulação: Se o titular morre durante a fase de acumulação, que é o período em que ele estava fazendo contribuições regulares para o plano, o valor que se acumulou até então passa para os beneficiários indicados. Essa transferência não passa pelo processo de inventário e pode estar isenta do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) dependendo do estado. Mas, ainda haverá cobrança do Imposto de Renda sobre o montante, com a alíquota variando conforme a tabela escolhida pelo titular, progressiva ou regressiva.
Falecimento Durante a Fase de Recebimento de Benefícios: Nesta fase, o titular já está recebendo os benefícios do plano. O que acontece com os recursos após a morte depende do tipo de renda que contratam:
Tipos de Renda
•o Renda Mensal por Prazo Certo: Os pagamentos continuam sendo feitos aos beneficiários ou herdeiros legais até o final do prazo do plano.
• Renda Vitalícia: Semelhante à renda temporária, a renda não passa aos beneficiários. O saldo fica com a seguradora.
• o Renda Vitalícia Reversível ao Beneficiário Indicado: O pagamento da renda continua sendo feito ao beneficiário de forma vitalícia.
• Renda Temporária: Neste caso, não há repasse aos beneficiários. O saldo restante fica com a seguradora.
• Renda Vitalícia Reversível ao Cônjuge com Continuidade aos Menores: O cônjuge recebe a renda vitalícia e, após seu falecimento, os filhos menores recebem a renda até a maioridade.
• Renda Vitalícia com Prazo Mínimo Garantido: Se a morte ocorrer dentro do prazo estipulado, os beneficiários recebem a renda até o fim desse período. Se a morte ocorrer após esse prazo, o saldo fica com a seguradora.
Portanto, a forma como os recursos de um plano de previdência privada são tratados após a morte do titular depende tanto do tipo de plano (PGBL ou VGBL) quanto da fase em que o plano se encontra e da modalidade de renda que a pessoa escolher.
Tesouro Renda+ : complemento para aposentadoria – PGBL ou VGBL qual escolher
Já que estamos apresentando 2 formas de complementar a aposentadoria e você já sabe a diferença do PGBL pro VGBL, cabe também trazer algumas informações sobre o Tesouro Renda+. Apesar de não ser uma previdência privada, “esse novo título público promete ser ainda mais democrático e acessível que os demais títulos do Tesouro Direto, já que pode ser feito com um investimento inicial de apenas R$ 30,00 e tem como principal intuito o complemento de renda para a aposentadoria – uma preocupação de muitos brasileiros”, informa o especialista em investimentos e finanças pessoais, Renan Diego.
Sendo assim, quem quer comprar o Tesouro Renda+ deve escolher uma data para se aposentar, e então garante um salário complementar por 20 anos.
A inflação corrige esse valor que ele irá receber, isso porque é um título do tipo NTN-B – ou Tesouro IPCA+. Assim, esses papéis garantem taxas de juros e a variação dada pela inflação, garantindo o poder de compra.
Ainda mais, como qualquer título de previdência, o Tesouro Renda+ tem duas fases: a de acumulação e a de conversão. Ou seja, durante a acumulação, o investidor aplica o dinheiro de certo em certo tempo. Já na conversão, recebe o valor e o que rendeu.
Também, pode-se resgatar o dinheiro a qualquer momento depois de esperar um período de carência de 60 dias. Assim, depois desse tempo, a liquidez é diária e pode vender os seus papéis pelo preço de mercado. Vale ressaltar que apenas pessoas físicas podem investir, e será da mesma forma que o Tesouro Direto normal: digital e na corretora de preferência do investidor.
Imagens: freepik
Você quer começar a investir? – PGBL ou VGBL qual escolher
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