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Na última quinta-feira (24), uma carteira de criptomoedas controlada pelo governo dos Estados Unidos sofreu uma exploração que drenou mais de US$ 20 milhões, surpreendendo analistas e colocando o setor em alerta. No entanto, em um desdobramento inesperado, o hacker devolveu a maior parte dos ativos na manhã seguinte, retendo cerca de US$ 700.000, o que despertou a curiosidade e o humor da comunidade cripto.
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O mistério da devolução: crise de consciência ou piada?
A Arkham Intelligence, empresa de monitoramento on-chain, reportou que a movimentação suspeita rapidamente gerou atenção. Segundo o detetive de blockchain ZackXBT, o episódio foi “nefasta”, alimentando dúvidas sobre a motivação por trás do ataque e da devolução posterior.
Após devolver o grosso dos fundos, o hacker enviou os US$ 700.000 remanescentes para exchanges como HitBTC, Switchain e N Exchange, mantendo uma parte como “lembrança”. Nas redes sociais, usuários rapidamente ironizaram o episódio, sugerindo que o invasor deixou “uma gorjeta” pelo “serviço prestado” e até enviou uma mensagem irônica ao governo com o “troco”.
Origem dos fundos: bitcoins do hack da Bitfinex
Os ativos explorados na invasão fazem parte de uma apreensão realizada pelo Departamento de Justiça dos EUA em 2022. Esses fundos são originalmente provenientes do infame hack da Bitfinex de 2016, quando 120.000 BTC foram roubados, em um ataque que envolveu mais de 2.000 transações. Desde então, o valor dos bitcoins aumentou de US$ 72 milhões para US$ 3,6 bilhões, tornando esse incidente um marco no setor de criptomoedas.
Após a devolução, as autoridades rapidamente movimentaram os fundos para outras carteiras, seguindo uma estratégia de segurança. Primeiramente, foi realizada uma transação de teste com ETH, seguida de uma transferência de US$ 6,1 milhões e depois do restante dos fundos, evidenciando o esforço do governo para assegurar que o hacker não pudesse realizar um novo ataque.
Bitcoin começa a semana se aproximando de máxima histórica
Ainda sobre criptomoedas, o Bitcoin (BTC) começou esta segunda-feira (28) em alta, com o preço da criptomoeda subindo 2,2% e sendo negociado atualmente em US$ 68,6 mil. Esse valor coloca o BTC a apenas 7% de uma nova máxima histórica de preço (ATH), e as análises indicam que o ativo pode alcançar novos topos ainda esta semana.
Análise técnica sugere tendência de alta
Após uma correção na última semana, o Bitcoin recuperou força no fim de semana, deixando para trás o padrão de fundo duplo no nível de retração de 0,382 de Fibonacci de seu movimento anterior de alta, entre os dias 23 e 25 de agosto. Esse movimento impulsionou o BTC de volta à sua trajetória ascendente.
A análise técnica sugere que a tendência de curto prazo é positiva. A média móvel exponencial (EMA) de 9 períodos cruzou acima da EMA de 21 períodos no gráfico de 4 horas, sinalizando uma configuração de alta. Esse cruzamento das médias móveis é geralmente visto como um sinal de que o momentum de curto prazo favorece os compradores.
Além disso, o Índice de Força Relativa (RSI), um indicador importante para medir a força do mercado, está acima de 60, o que indica que o controle está nas mãos dos compradores. O RSI ainda não atingiu o nível de 70, permitindo que o BTC suba sem entrar em sobrecompra, o que reduz a chance de uma correção abrupta.
Rumo aos US$ 70 mil?
Com esses sinais, os analistas veem grandes chances de o BTC testar a marca de US$ 70 mil nos próximos dias. A consolidação acima desse nível poderia abrir caminho para o Bitcoin buscar uma nova máxima histórica, superando o recorde anterior.
No entanto, caso o BTC não consiga ultrapassar a faixa de US$ 68,6 mil, pode-se formar um padrão de topo triplo, o que poderia reverter a tendência de alta e trazer o preço de volta para uma correção.
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