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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há um clima de incerteza econômica no país devido ao “enorme rombo eleitoral” deixado pelo governo de Jair Bolsonaro.
Em um pronunciamento nesta terça-feira, Haddad disse que a alta do dólar e a queda dos preços das ações mostram que os agentes econômicos estão percebendo a herança deixada pelo governo anterior.
Haddad terá seu primeiro despacho com o presidente Lula nos próximos dias e apresentará suas considerações sobre a situação econômica do país.
Ele disse que, baseado nas decisões tomadas por Lula, será necessário reestimar os indicadores econômicos.
“O Lula é muito detalhista, ele gosta de saber o impacto de cada uma delas, evidentemente ele vai concordar com parte, discordar de outra, querer analisar com mais calma outras tantas. É assim que ele trabalha e estou acostumado a fazer. Com base na decisão que ele tomar, vamos ter de reestimar os indicadores (econômicos)”.
O governo planeja iniciar as discussões sobre uma nova regra fiscal e reforma tributária a partir de abril.
Segundo Haddad, é necessário esperar até fevereiro para a posse de novos parlamentares e a formação de bancadas e comissões temáticas na Câmara dos Deputados e no Senado.
Em seu primeiro discurso como ministro, Haddad disse que não está no cargo “para aventuras” e reafirmou o compromisso de enviar ao Congresso ainda no primeiro semestre a proposta de um novo arcabouço fiscal, em substituição ao teto de gastos.
Haddad também afirmou que o governo anterior deixou um rombo de R$ 300 bilhões nas contas públicas e elevou a taxa básica de juros (Selic) de 2% para 13,75% ao ano, deixando o país com “o maior juro real do mundo hoje”.
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