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O Banco Inter (INTR) demitiu cerca de 150 funcionários nesta quarta-feira (10), segundo informações divulgadas por colaboradores nas redes sociais. A medida, que parece ter afetado funcionários que vinham recebendo elogios pelo desempenho, gerou uma onda de comentários críticos. De acordo com ex-colaboradores, essa foi a maior rodada de cortes, que antes vinham ocorrendo de forma faseada.
As demissões no Banco Inter se somam à tendência de demissões que atingem fintechs e unicórnios do Brasil nos últimos meses, como o Banco Neon e o iFood. A redução no quadro de pessoal representa aproximadamente 2% da força total de trabalho, que possui cerca de 4,8 mil funcionários. O layoff ocorre um dia após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre da fintech, que apresentou um freio ao crescimento do crédito e maior ênfase em produtos menos arriscados, como consignado e imobiliário, além do controle de gastos, sobretudo na parte de despesas de pessoal. O Inter reportou lucro de R$ 28,8 milhões e a base de clientes ativos ultrapassou a marca dos 26,3 milhões.
Em nota, o Banco Inter informou que realizou ajustes no quadro de colaboradores, priorizando alguns projetos e adequando a estrutura organizacional para cumprir o planejamento estratégico previsto para os próximos anos e agradeceu o papel de cada colaborador na construção da história da empresa, destacando que segue realizando contratações alinhadas com o crescimento e a expansão do negócio.
Destaques do 1T23
Na última terça-feira (10), o Banco Inter reportou seus resultados do primeiro trimestre, com foco no controle de gastos, principalmente das despesas de pessoal. O lucro da fintech foi de R$ 28,8 milhões, equivalente a um ROE trimestral de 1,4%, mostrando uma queda de 16% em relação ao lucro do último trimestre de 2022. A receita bruta alcançou a marca de R$ 1,8 bilhão e a base de clientes ativos ultrapassou os 26,3 milhões. O banco optou por frear o crescimento de crédito e sinalizou uma maior ênfase em produtos menos arriscados, como consignado e imobiliário. Além disso, o enxugamento do quadro de funcionários também contribuiu para o controle de despesas da fintech, segundo destaque do BB Investimentos nos resultados trimestrais. A empresa busca conter o avanço da inadimplência, que tem afetado os índices de eficiência do banco e foi resultado da expansão da carteira de crédito após a pandemia.
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