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- Nas últimas semanas, o Ibovespa alcançou novas máximas, ultrapassando os 137 mil pontos durante o pregão da última terça-feira (27)
- Apesar do recente recorde, o desempenho acumulado do índice em 2024 é de apenas 1,93%, abaixo da inflação medida pelo IPCA, que foi de 2,97% até julho de 2024
- O índice de inflação tende a aumentar ainda mais, o que pode aprofundar a diferença entre a alta do Ibovespa e o crescimento dos preços
Nas últimas semanas, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, atingiu novas máximas. Dessa forma, ultrapassando os 137 mil pontos durante o pregão da última terça-feira (27). No entanto, ao analisar o desempenho acumulado do ano, o índice registra uma alta de apenas 1,93%. Assim, ficando abaixo da inflação medida pelo IPCA, que foi de 2,97% até julho de 2024 — e esse número tende a ser ainda maior.
Isso significa que os investidores que possuem as principais ações do índice. Ou aplicam em produtos que replicam o Ibovespa, como o ETF BOVA11, experimentaram uma perda real de poder aquisitivo ao longo do ano, apesar das recentes valorizações.
Investidores em fundos imobiliários também enfrentaram resultados aquém da inflação. O Ifix, que mede o desempenho dos FIIs listados na B3, registrou uma alta de 2,18% no acumulado de 2024, resultando em uma perda real para esses investidores.
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Convex Research
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Mercado financeiro eleva previsão de inflação para 4,22% em 2024
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou pela quinta semana consecutiva, passando dos 4,2% projetados na semana passada para 4,22%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC), tendo por base as expectativas de instituições financeiras. O IPCA é considerado a inflação oficial do país.
A expectativa para 2025 apresentou queda, na comparação com a semana passada, situando-se em 3,91%. Há uma semana, ela estava em 3,97%. Para 2026, se manteve estável em 3,6%.
No caso da estimativa para o ano corrente, ela se encontra acima da meta de inflação, que é 3%. Porém, dentro da margem de tolerância, que é de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Dessa forma, o limite inferior é de 1,5%; e o superior, de 4,5%.
A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, assim, o Conselho Monetário Nacional (CMN) não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Previsão do PIB para 2024
O mercado financeiro melhorou as expectativas relacionadas ao Produto Interno Bruto – PIB, a soma de todas riquezas produzidas no país. Na semana passada, o crescimento projetado para 2024 estava em 2,2%. Nesta semana, aumentou para 2,23%. Para 2025, as expectativas de crescimento do PIB está em 1,89%, abaixo dos 1,92% projetados há uma semana. E para 2026, estável há 54 semanas em 2%.
Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%.
Previsão Selic e Dólar para 2024
Com relação à taxa básica de juros (Selic), as expectativas se mantêm estáveis há 9 semanas, em 10,50% para 2024. Para 2025, subiu dos 9,75% projetados há uma semana, ficando em 10%; e em 2026, estável há 14 semanas em 9%. A Selic, dessa forma, é o principal instrumento adotado pelo BC para alcançar a meta de inflação.
Em julho, puxado principalmente pelo preço da gasolina, passagens de avião e energia elétrica, a inflação do país foi 0,38%, após ter registrado 0,21% em junho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,5%, no limite superior da meta de inflação.
Já as expectativas relacionadas ao câmbio projetam, no entanto, que o dólar chegará ao final de 2024 cotado a R$ 5,31, valor ligeiramente mais alto do que o projetado na semana passada (R$ 5,30). Para 2025 e 2026, o mercado financeiro, contudo, mantém estáveis as projeções, em R$ 5,30 e R$ 5,25, respectivamente.
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