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Ibovespa encerra em queda de 0,86% com cautela antes da Super Quarta; Ações da Gol cedem quase 27% em seu último dia no índice.
O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira com uma queda de 0,86%, chegando aos 127.401,81 pontos, à medida que a cautela predominou no mercado na véspera da chamada “Super Quarta”. Embora haja uma expectativa consolidada de que o Comitê de Política Monetária (Copom) realize um corte de 50 pontos-base na taxa Selic, os investidores mantiveram uma postura de prudência.
O volume financeiro das negociações aumentou em relação às sessões recentes, alcançando R$ 21,7 bilhões, embora ainda tenha ficado abaixo da média diária de dezembro, que foi de R$ 25,292 bilhões.
O destaque do dia foi a ação da GOLL4, que cedeu quase 27% em seu último dia no índice devido a um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, fechando a R$ 2,87. A AZUL4 também teve um desempenho negativo, registrando uma queda de 4,62% a R$ 13,20.
Entre as poucas altas do dia, a EMBR3 se destacou, subindo 2,46% após a agência Moody’s elevar sua nota de crédito de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva estável.
No geral, os principais bancos recuaram, com exceção de SANB11, que obteve um ganho de 1,00%. As blue chips, como VALE3, PETR3 e PETR4, também apresentaram quedas no pregão de hoje.
Investidores Aguardam Comunicado do Fed Enquanto Dólar Permanece Estável
O mercado de câmbio encerrou a terça-feira em um cenário de relativa estabilidade, com o dólar à vista encerrando praticamente estável, refletindo a movimentação de rolagem de contratos futuros e a formação da ptax, que precede a virada do mês. No entanto, ao longo do dia, a moeda norte-americana apresentou um viés de alta, influenciada por dados econômicos dos Estados Unidos que superaram as expectativas. Esses resultados reforçaram a crença dos investidores de que o Federal Reserve (Fed) poderá adiar um corte de juros até maio.
Tanto o relatório Jolts, que mostrou uma geração de empregos acima do previsto, quanto o índice de confiança do consumidor do Conference Board, que também superou as previsões, tiveram impacto no aumento do dólar e das taxas dos Treasuries durante a sessão.
No cenário doméstico, a geração de empregos mais fraca, conforme revelado pelo Caged de dezembro, e as expectativas de aumento da dívida pública no Brasil também motivaram uma busca por proteção no câmbio durante o dia.
O dólar à vista fechou em leve baixa de apenas 0,01%, cotado a R$ 4,9454, após oscilar entre R$ 4,9351 e R$ 4,9820. Enquanto isso, o dólar futuro para fevereiro apresentou uma queda de 0,17%, a R$ 4,9455. No mercado internacional, o índice DXY teve uma leve baixa de 0,18%, registrando 103,425 pontos, enquanto o euro subiu 0,14%, alcançando US$ 1,0847, e a libra perdeu 0,10%, ficando em US$ 1,2696.
No fechamento, o DI para Jan25 subiu a 10,00%, (de 9,969%, ontem). O DI Jan26 avançou a 9,715% (de 9,656%). O Jan27, a 9,895% (de 9,837%); o Jan29, a 10,355% (10,295%); Jan31, a 10,600% (10,545%); e Jan33, a 10,700% (10,641%).
Os investidores agora aguardam ansiosamente o comunicado da reunião do Federal Reserve (Fed) em busca de sinalizações sobre o rumo das taxas de juros nos Estados Unidos, enquanto o mercado permanece atento à evolução da economia global e seus impactos no mercado cambial.
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