Ibovespa oscila em meio à expectativa do Fed e desempenho das commodities

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No dia 26 de julho de 2023, o Ibovespa apresentou uma sessão volátil, perdendo os 122 mil pontos e operando com estabilidade enquanto aguardava a decisão do Federal Reserve (Fed). O mercado brasileiro foi influenciado pelo exterior negativo e pelas incertezas em relação à trajetória de juros após o aumento de 25 pontos-base promovido pelo BC americano. Além disso, as ações do setor bancário buscaram recuperação, enquanto as commodities operaram em direções opostas, contribuindo para a falta de sustentabilidade do índice.

Em meio ao cenário de instabilidade global, o Ibovespa iniciou a sessão oscilando entre ganhos e perdas, refletindo o comportamento dos mercados internacionais. Um dia após atingir o maior patamar desde agosto de 2021, o índice brasileiro perdeu os 122 mil pontos e operou em leve queda, fechando a sessão com uma variação negativa de 0,02%, atingindo 121.981,96 pontos.

Uma das principais influências para o desempenho do Ibovespa foi a decisão do Federal Reserve de elevar as taxas de juros em 25 pontos-base, conforme era esperado pelo mercado. Os investidores aguardavam a sinalização do Fed sobre a trajetória futura dos juros, o que trouxe cautela e incertezas para os mercados, afetando negativamente os índices acionários tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

Nesse contexto, as ações do setor bancário brasileiro tiveram um dia de recuperação. Após um fechamento majoritariamente em queda no pregão anterior, os bancos buscaram ganhos modestos. O Bradesco ON teve uma leve alta de 0,07%, atingindo R$ 14,77, enquanto o Bradesco PN avançou 0,18%, chegando a R$ 16,57. O Banco do Brasil também teve um desempenho positivo, com alta de 0,13% e valor das ações a R$ 47,38. O Itaú apresentou o melhor desempenho entre os bancos, com uma valorização de 0,35%, fechando a sessão a R$ 28,70. No entanto, o Santander contrariou a tendência do setor, recuando 0,48% e encerrando o dia a R$ 29,31.

Além das questões externas, os investidores também acompanharam de perto as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Suas declarações pela manhã e a entrevista que ele concederia à tarde foram analisadas pelo mercado, buscando pistas sobre o cenário econômico e as políticas fiscais.

Os destaques do mercado

As commodities também desempenharam um papel importante na movimentação do Ibovespa. Os contratos para setembro de minério de ferro tiveram comportamentos mistos, com alta de 1,76% em Dalian, China, e um avanço mais tímido de 0,17% em Cingapura. A Rio Tinto, a segunda maior mineradora do mundo, reportou uma queda expressiva em seu lucro do primeiro semestre, o que poderia pesar sobre as ações do setor. A Vale, importante empresa do setor de mineração no Brasil, fechou em queda de 0,74%, a R$ 71,48, enquanto a CSN Mineração teve um avanço de 0,68%, a R$ 4,45.

O petróleo também recuou na sessão, aguardando a decisão sobre juros dos EUA e os dados oficiais de estoques norte-americanos da commodity. A Petrobras, que divulgaria seu relatório de produção e vendas após o fechamento do mercado, teve um desempenho misto. As ações da Petrobras ON tiveram uma leve alta de 0,03%, chegando a R$ 34,62, enquanto as ações da Petrobras PN avançaram 0,16%, atingindo R$ 31,05. Por outro lado, a Prio registrou uma queda de 1,22%, a R$ 44,41, e a 3R Petroleum caiu 0,92%, a R$ 35,58.

Em meio à expectativa sobre a decisão do Fed e as incertezas globais, o mercado brasileiro se manteve em uma posição cautelosa, sem uma tendência definida, dependente de novas informações e eventos para definir uma trajetória mais clara. A volatilidade das commodities também contribuiu para a falta de sustentabilidade do Ibovespa ao longo da sessão. Os investidores continuam atentos aos desdobramentos econômicos e políticos, buscando orientações para suas estratégias no mercado financeiro.

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