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A expectativa pelas decisões de política monetária aqui e nos EUA orientam o Ibovespa nesta quarta-feira. Em NY, a maior parte do mercado espera que o BC norte-americano eleve os juros em 25 pontos-base, embora uma pausa não seja totalmente descartada. A decisão será anunciada às 15h, seguida de uma coletiva de Jerome Powell. Por aqui, onde o resultado chega mais tarde, às 18h30, as apostas são de manutenção da Selic em 13,75% ao ano, em meio às críticas do presidente Lula aos juros altos.
Também continua no radar a questão do novo arcabouço fiscal, cuja divulgação ficou para depois da volta do presidente de sua viagem à China. Os nomes dos novos diretores do Banco Central também só serão anunciados após a viagem de Lula à Ásia. O Ibovespa, que encerrou os leilões em alta, agora cai 0,52% (100.476,69 pontos), acompanhando os índices de Wall Street.
As taxas vão se alterar?
Assim, amplamente esperado que será mantida em 13,75% a taxa anual de juros. Mesmo sem a divulgação do novo arcabouço fiscal, o Banco Central poderá aliviar o comunicado para dar uma sinalização ao governo, que segue a ofensiva contra o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. O que parece ser o consenso entre especialistas do mercado.
As principais expectativas devem dicar para a ata da reunião, que irá revelar ao mercado as expectativas do banco central e sinalizar se as taxas de juros continuarão sustentando os altos 13,75%. O alto juro é uma das críticas do atual presidente Lula, que já atacou a política contracionista adotada pelo Banco Central.
Mais destaques da Super-Quarta
Por lá, com o mercado de trabalho ainda apertado e a inflação ainda sem demonstrar sinais de que realmente está desacelerando, as apostas chegaram a ser de um aumento de 50 pontos-base para o encontro de hoje. Porém, a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank promoveram uma potencial crise do setor bancário, que mudaram as estimativas até para uma manutenção dos juros.
Ainda assim, segundo dados do CME Group, as expectativas é que o Fed suba a taxa em 25 pb, para o intervalo entre 4,75% e 5,00%. O comunicado poderá ser importante, uma vez que boa parte do mercado acredita que já poderá existir a sinalização do fim do aperto.
Destaques da bolsa
Apesar da alta dos contratos futuros de petróleo nos mercados internacionais, as ações do setor recuam, com exceção de 3R Petroleum (RRRP3), que opera em alta de 0,30% (R$ 29,93). Petrobras ON (PETR3) perde 0,99% (R$ 26,05); Petrobras PN (PETR4) -1,03% (R$ 23,16) e Prio (PRIO3) tem baixa de 0,91% (R$ 31,43). Já o minério de ferro caiu na China, fechando em baixa de 2,15% em Dalian e com recuo de 2,33% (US$ 121,81 a tonelada) no mercado à vista de Qingdao.
Já em Cingapura, a commodity subia 0,62% há pouco (US$ 120,95). Na B3, os papéis do setor operam mistos: Vale (VALE3) perde 0,39% (R$ 82,39); CSN Mineração (CMIN3) sobe 0,44% (R$ 4,52); Usiminas (USIM5) tem alta de 0,59% (R$ 6,83); CSN (CSNA3) +0,07% (R$ 14,16); Gerdau (GGBR4) recua 0,16% (R$ 24,3) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) -0,44% (R$ 11,39).
O setor bancário tem mais um dia de alta, mas Bradesco PN (BBDC4) cai 0,08% (R$ 13,13). Bradesco ON (BBDC3) avança 0,26% (R$ 11,61); Banco do Brasil (BBAS3) tem valorização de 0,03% (R$ 37,54); Itaú (ITUB4) +0,17% (R$ 23,92) e Santander (SANB11) +0,23% (R$ 26,02). Eztec (EZTC3) registra o melhor desempenho do Ibovespa, em alta de 3,37% (R$ 12,88), enquanto Vibra Energia (VBBR3) está na ponta oposta, recuando 7,09% (R$ 13,24). Companhia teve queda de 44,8% no lucro líquido do 4TRI ante o mesmo intervalo de 2022.
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