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INBR32: Banco Inter anuncia mudança em seu ticker na B3

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Os BDRs do Banco Inter passarão para o nível II na Bolsa de Valores e ganharão cara nova: com a mudança, os tickers do ativo passam de INBR31 para INBR32.

BDRs de nível I não precisam de registro na CVM para serem negociados, o que limita os locais onde o ativo pode ser encontrado.

Os únicos lugares onde o investidor encontra o ativo em negociação são mercados de balcão não organizados (que não contam com supervisão de agentes autorreguladores) ou em segmentos específicos de mercados organizados como a B3.

Com o upgrade, os BDRs do Banco Inter podem constar em outros lugares além da B3, como mercados de balcão organizados.

A partir do registro na CVM, empresas com BDRs nível II precisam seguir as mesmas regras de transparência e governança estabelecidas para gigantes como Petrobras (PETR4), Magazine Luiza (MGLU3) ou Vale (VALE3), podendo ser negociados por quaisquer investidores.

BDR: O que é?

A sigla BDR representa: “Brazilian Depositary Receipts”, que em uma tradução livre significa “Recibos Depositários Brasileiros”. Assim estes recibos funcionam como um certificado de depósito de um valor mobiliário.

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Em outras palavras, estes recibos de depósito, representam aqui no Brasil, um valor mobiliário emitido por
companhias de capital aberto, mas com sede no exterior (em geral, os papeis de ações de empresas).

Ou seja, um BDR, não é nada além de uma “ação” negociada aqui na bolsa de valores (B3), mas que representa uma empresa de capital aberto com sede em algum país estrangeiro.

Contudo, é importante lembrar que um BDR é apenas o certificado de compra de ação, o verdadeiro “papel” da empresa fica em custódia da corretora. Por isso, ao investir em BDRs, um investidor não tem os direitos tradicionais de um ativo comum. Então, não se torna ativamente um acionista da companhia, e não possui direito a votos.

O esquema do sistema de BDRs funciona da seguinte forma:

Este certificado, é emitido aqui no Brasil por uma instituição depositária. Essa instituição então, se torna responsável por garantir o “lastro” desse ativo, em outras palavras, a instituição deve garantir sua procedência. Para entender melhor, confira um exemplo prático:

Se você deseja comprar, hipoteticamente, 50 ações da Disney. A instituição que emite sua BDR, deve “ir” a bolsa americana, (através de uma conta no exterior), e comprar 50 títulos equiparáveis aos certificados de depósito emitidos e os manter sob custódia. Assim, a relação entre os recibos e os ativos se mantêm de forma segura e legal, e o lastro da operação é assegurado.

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As categorias de BDRs

Assim, como as BDRs atuam diretamente na bolsa brasileira, existem algumas classificações a serem consideradas:

Existem dois programas de BDRs aqui no Brasil, o Patrocinado (dividido em níveis) e o Não Patrocinado.

Primeiramente vamos diferenciar estes dois conceitos:

BDRs patrocinados

Os BDRs patrocinados é atrelado a apenas uma instituição depositária e contratado pela própria Companhia detentora dos valores mobiliários que serão objeto do certificado. Em outras palavras, por exemplo, imagine uma empresa como o Google tivesse interesse em ter recebidos de suas ações negociados aqui no Brasil e contratasse uma instituição para manter um programa de BDRs por aqui. É assim que funciona o sistema patrocinado, onde as empresas estrangeiras promovem diretamente essa relação para conseguir captar os investimentos de países específicos. Além disso, os BDRs patrocinados, em geral, possuem classificação em níveis: Nível I, Nível II e Nível III.

BDRs não patrocinados

Por outro lado, as BDRs não patrocinadas funcionam em um sistema um pouco diferente.

Nestas BDRs sem patrocínio, o nome já deixa bem claro a relação existente. Ao contrário do que acontece nas BDRs patrocinadas, estes títulos recebem emissão através de instituições independentes. Assim essas empresas, ao perceberem a demanda existente para algum ativo estrangeiro, se prontificam a atender o público geral. Assim, as empresas entram no mercado estrangeiro, compram os ativos, e geram os respectivos BDRs e os listam em bolsa. Por isso, esse é o método mais comum de vermos BDRs na bolsa brasileira.

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Em termo de curiosidade, o ticker (código) dos BDRs representam estas classificações, em geral, temos 4 letras, seguidas por dois números. (em exemplo: XXXX00)

  • Os BDRs patrocinados terminam com a numeração 32 e 33, para os níveis II e III respectivamente,
  • Enquanto isso, os BDRS não patrocinados, terminam com a numeração 34 e 35.
  • As 4 letras representam a empresa a qual o BDR pertence, como, por exemplo, o ticker TSLA34, que representa o BDR não patrocinado da Tesla.

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