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A indústria de fundos de investimento enfrentou mais um mês de saídas líquidas, com um total de R$ 47,2 milhões em maio, segundo a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). No acumulado do ano, o setor apresenta saldo negativo de R$ 158,9 milhões. Ainda assim, o patrimônio líquido da indústria atingiu a marca de R$ 7,6 trilhões e a performance dos fundos foi majoritariamente positiva.
O movimento de saída é liderado pelos fundos de renda fixa, que somam resgates líquidos de R$ 29,6 bilhões no mês. Os tipos com os maiores patrimônios líquidos apresentaram os piores resultados: o renda fixa duração baixa grau de investimento teve resgates líquidos de R$ 11 bilhões; seguido pelo renda fixa duração livre grau de investimento, com R$ 6,8 bilhões; e o renda fixa duração baixa soberano, com R$ 6,8 bilhões.
Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) também fecharam maio com saldo negativo de R$ 13,3 bilhões. O resultado foi influenciado pelo tipo FIDC agro, indústria e comércio, que ficou R$ 13,2 bilhões no vermelho após um resgate concentrado em um único fundo. Os fundos de ações e os multimercados continuaram a registrar saídas líquidas, desta vez de R$ 5,1 bilhões e R$ 2,3 bilhões, respectivamente.
Os dados divulgados pela ANBIMA mostram que os únicos fundos a apresentarem captação líquida positiva em maio foram os fundos de previdência, com R$ 1 bilhão; os ETFs (Exchange Traded Funds), com R$ 1,8 bilhão; e os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), com R$ 700 milhões.
Rentabilidade
Todos os tipos de fundos de ações tiveram performance positiva em maio. O tipo ações livre, que tem o maior patrimônio líquido da classe, apresentou retorno de 6,76%. O melhor resultado foi o tipo ações setoriais, com valorização de 21,02% no mês.
No caso dos fundos de renda fixa, todos os tipos tiveram rentabilidade positiva, exceto o tipo renda fixa investimento no exterior, que recuou 2,39%. Os tipos multimercados investimento no exterior e multimercados livre, que têm os maiores patrimônios líquidos da classe, valorizaram 2,17% e 1,31% respectivamente.
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