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A inflação dos 50+ superou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses até novembro. Enquanto o IPCA ficou em 5,9%, a inflação dos 50+ foi de 6,6% no período. Também no décimo primeiro mês de 2022, o IPCA 50+ apresentou alta de 0,43% em relação ao mês anterior.
Desde janeiro de 2020, a série do IPCA é divulgada com pesos da nova Pesquisa de Orçamento Familiar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se considerado o período retroativo, o IPCA50+ esteve, geralmente, abaixo do IPCA até maio deste ano. Depois, passou a ficar acima do outro índice.
O IPCA é usado para medir o aumento de preços no País. Já o IPCA 50+ mede o aumento de preços para as famílias chefiadas por pessoas que têm 50 anos ou mais. Nesse caso, a diferença mostra que o dinheiro perdeu ainda mais valor no período para as famílias dos longevos.
“Os hábitos de consumo das famílias cujo chefe tem 50 anos ou mais de idade são diferentes da população considerada, normalmente, pelo IPCA. Eles se concentram relativamente mais nos grupos “Transportes”, “Alimentação e Bebidas”, “Habitação” e “Artigos de residência”, explica Arnaldo Lima, diretor do Instituto de Longevidade MAG e criador do índice. Os itens “Vestuário”, “Alimentação e Bebidas” e “Saúde e Cuidados Pessoais” também foram os que mais subiram nos últimos 12 meses, apresentando alta de 18,9%, 12,4% e 10,8%, respectivamente, no acumulado do período.
A população com 50 anos ou mais no Brasil cresceu 35% nos últimos 10 anos. Já a população com menos de 50 anos cresceu apenas 1% no período. O aumento do número de longevos no País traz a necessidade de índices como o IPCA50+. Eles são essenciais para o entendimento do padrão de consumo desse grupo em crescimento.
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