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Inflação nos EUA deve ceder com a demanda, prevê hEDGEpoint

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Embora o mercado de renda fixa esteja convencido de que a inflação permanecerá elevada nos próximos anos, deve-se considerar que os fundamentos do lado da demanda podem estar apontando o oposto

Impulsionada pela alta das commodities, a inflação ao consumidor nos EUA atingiu o maior nível em 40 anos — a 8,5% na variação anual. Embora seja uma cifra elevada, há fundamentos deflacionários que não podem ser ignorados, segundo a hEDGEpoint Global Markets, especializada em gestão de risco financeiro e hedge de commodities.

Os estoques de varejo nos EUA, por exemplo, estão subindo acima da tendência histórica. Isto sugere que há uma normalização do lado da oferta que poderá levar a uma redução dos preços nas prateleiras, prevê o analista de Energia e Macroeconomia da companhia, Heitor Paiva.

“Isto sem mencionar que a confiança do consumidor norte-americano tem enfraquecido recentemente, o que significa que o consumo pode começar a diminuir muito em breve”, afirma Paiva em relatório divulgado nesta segunda-feira (18). “Portanto, podemos estar à beira de uma situação em que a oferta cresça em meio à queda na demanda”, diz.

O especialista destaca três fundamentos para a perspectiva de deflação:

1. Os estoques do varejo estão aumentando, mesmo que a um custo elevado devido aos caros preços dos fretes. Esta normalização do lado da oferta também sugere que a demanda de transporte provavelmente irá enfraquecer. Tarifas de frete poderão começar a baixar em resposta a este cenário.

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2. O sentimento geral do consumidor nos EUA está sendo danificado pela inflação e por um aperto nas condições financeiras do país, o que leva a custos de capital mais altos e menos gastos. Se isto afetar negativamente o consumo, uma provável normalização da oferta ocorrerá com o declínio da demanda. Em última análise, isto tem o potencial de criar um ambiente de excesso de oferta e, portanto, de preços menores.

3. O Índice do Dólar continuou a subir esta semana, fortalecendo-se ainda mais após os números da inflação nos EUA, pois teoricamente eles encorajam o Fed a subir ainda mais os juros. Uma moeda forte leva a compras internacionais mais baratas, aliviando parcialmente a inflação importada.

“É importante ressaltar que não estamos esperando uma normalização rápida do lado da inflação, mas sim um movimento mais suave para baixo. Efeitos de base também serão algo relevante para se notar nos próximos meses”, afirma Paiva.
 

Confira aqui o relatório completo

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Agência Brasil

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