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A inflação registrada no primeiro trimestre deve fechar em 2,86%, a maior taxa acumulada para o período desde 2015.
A estimativa, feita pelo Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), prevê o IPCA de março com alta de 1,28%.
Na reunião anterior, a projeção de inflação para o mês era de 1,04%, o que reflete a deterioração das expectativas do mercado sobre o controle inflacionário no país.
Marcelo Cidade, economista da ANBIMA, lembra que a inflação vem surpreendendo negativamente desde meados do ano passado, com a aceleração da vacinação contra a Covid-19 e a reabertura econômica.
“Com a disparada de preços das commodities a partir da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o mercado e o próprio Banco Central vem sendo obrigados a revisar para cima suas estimativas de inflação e de juros para o ano”, afirma Cidade.
Caso a projeção da ANBIMA se confirme, esse seria o maior resultado mensal do IPCA desde dezembro de 2020, período em que a inflação avançou 1,35%, e resultaria em uma inflação acumulada em 12 meses de 10,93%.
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