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Um investidor internacional realizou a venda de 2,5% das ações da Intelbras (INTB3) em uma operação de block trade na última semana. O bloco teve início com o preço de R$ 26,18, representando um desconto de 6,15% em relação ao fechamento do dia anterior. No entanto, o bloco foi vendido por R$ 27,75, com um desconto de apenas 0,5%.
A corretora Itaú BBA, responsável pela organização do bloco, havia fornecido uma garantia firme no preço inicial. A transação movimentou aproximadamente R$ 220 milhões, equivalente a sete dias de negociação das ações da empresa.
De acordo com informações de investidores que possuem o papel, a venda não foi realizada pela família Freitas, que detém 64% do capital da Intelbras, mas sim por um acionista internacional. Segundo registros públicos, a única empresa estrangeira detentora de mais de 2,5% do capital da Intelbras é a Dahua Technologies, uma empresa europeia de serviços de segurança que adquiriu 10% da Intelbras em 2019, antes do IPO. Outros grandes acionistas incluem a Núcleo Capital, com 3% do capital, e o Norges Bank, com 2,3%.
A maior parte do lote foi adquirida por fundos de investimento long only, sendo 70% de investidores locais e 30% de investidores estrangeiros. No preço inicial, a demanda foi equivalente a duas vezes o valor do lote disponível. O vendedor estará sujeito a um período de lockup de 90 dias, durante o qual não poderá realizar novas vendas das ações.
Essa venda ocorre em um momento em que o preço das ações da Intelbras está sendo negociado 75% acima do preço do IPO, quando a empresa levantou R$ 1,3 bilhão ao vender novas ações a um valor de R$ 15,75 cada. Atualmente, a empresa é negociada a um múltiplo de 14,5 vezes o lucro estimado para este ano.
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