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O mercado brasileiro de aberturas de capital (IPOs) pode sair do período de inatividade que perdura desde agosto de 2021, quando a empresa Viveo (VVEO3) realizou seu IPO. Especialistas apontam que esse jejum pode chegar ao fim entre o final de 2023 e o início de 2024, devido a uma série de indicadores econômicos em melhora, como a convergência da inflação para a meta, a perspectiva de redução dos juros e a aprovação de reformas tributárias e do arcabouço legislativo no Congresso.
O otimismo em relação ao mercado de IPOs é impulsionado pela expectativa de um cenário econômico mais favorável tanto no Brasil como no âmbito internacional. Esse ambiente propício tende a atrair mais empresas para a bolsa de valores em busca de recursos financeiros para investimentos e expansão.
Para o diretor de relação com clientes da B3, Rogério Santana, o sentimento em relação aos IPOs mudou de “esperança” para “expectativa”. Isso indica uma maior confiança de que as empresas poderão acessar o mercado de capitais com sucesso para captar recursos.
No entanto, para que esse cenário se concretize, é necessário que fatores domésticos e internacionais contribuam para a melhora do ambiente econômico. No Brasil, a confirmação da tendência de queda dos juros é um dos fatores-chave para atrair investidores e incentivar as empresas a buscarem a abertura de capital.
Além disso, uma melhora na economia dos Estados Unidos em 2024 pode ser positiva para o mercado de capitais brasileiro, aumentando o interesse de investidores estrangeiros em participar de IPOs no país.
No contexto específico do setor de saneamento, as empresas Iguá e Aegea são apontadas como principais apostas para aberturas de capital no início de 2024. Embora ainda não tenham contratado bancos de investimento para conduzirem os IPOs, elas são consideradas atrativas para os investidores, pois atendem aos requisitos necessários para atrair investimentos.
As duas empresas do setor de saneamento têm atraído interesse dos bancos devido ao cenário favorável para o setor no Brasil, que passa por uma modernização e expansão significativa. A possibilidade de abertura de capital para essas empresas é discutida, embora elas afirmem que, no momento, a abertura de capital não é uma necessidade para viabilizar seus projetos e investimentos.
Em resumo, a expectativa de melhora nos indicadores econômicos e a aprovação de reformas têm impulsionado a expectativa de retorno dos IPOs no mercado brasileiro. Empresas como Iguá e Aegea são apontadas como possíveis candidatas para realizar aberturas de capital no início de 2024, aproveitando as oportunidades no setor de saneamento. No entanto, é fundamental que o cenário econômico continue evoluindo de forma favorável para que esse retorno de IPOs seja uma realidade concreta.
O que é um IPO?
IPO é a sigla para Initial Public Offering, que em português significa Oferta Pública Inicial. Trata-se do processo pelo qual uma empresa se torna pública, ou seja, passa a ter suas ações negociadas na bolsa de valores.
O IPO é uma maneira de a empresa levantar recursos financeiros para investir em seus projetos, expandir suas operações, pagar dívidas, entre outros objetivos. Para isso, a empresa emite ações, que são pequenas partes do seu capital, e as vende ao público em geral.
O processo de IPO envolve várias etapas e requer a participação de instituições financeiras, como bancos de investimento, que atuam como intermediários na operação. Além disso, a empresa precisa cumprir uma série de requisitos regulatórios e de transparência para poder listar suas ações na bolsa.
Investir em um IPO pode ser uma oportunidade para os investidores participarem do crescimento de uma empresa, mas também envolve riscos, já que o desempenho das ações no mercado pode não corresponder às expectativas. Portanto, é importante que os investidores façam uma análise cuidadosa antes de investir em um IPO.
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