Guia do Investidor
imagem padrao gdi
Notícias

Já começou? Lula beneficia empreteira Engefort, acusada de fraude de R$ 1 bilhão

Nos siga no Google News

Continua após o anúncio

O governo Lula prolonga contratos com Engefort, construtora acusada de fraudes em licitações, apesar das advertências de órgãos de controle.

O governo Lula assinou aditivos contratuais em 2023 que beneficiam a empreiteira Engefort, acusada de irregularidades pela Controladoria Geral da União (CGU) e identificada como líder de um cartel que teria fraudado licitações no valor de mais de R$ 1 bilhão entre 2018 e 2021.

Esses aditivos, através da estatal Codevasf, tratam da prorrogação ou “reinício” de 12 contratos no valor de cerca de R$ 180 milhões para obras em seis estados.

Dois desses contratos já foram alvo de auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e da CGU, que encontraram desvios, superfaturamentos e falta de projeto.

Contratos da Engefort Prorrogados Apesar de Investigações de Fraudes e Irregularidades

O governo do presidente Lula assinou aditivos contratuais em 2023 que favorecem a empreiteira Engefort, uma empresa acusada de irregularidades pela Controladoria Geral da União (CGU) e identificada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como líder de um cartel que supostamente fraudou licitações de pavimentação no valor de mais de R$ 1 bilhão de 2018 a 2021.

Leia mais  Banco Inter anuncia novo CEO no Brasil

Os aditivos contratuais, executados através da estatal federal Codevasf, envolvem principalmente a prorrogação ou “reinício” de 12 contratos que somam aproximadamente R$ 180 milhões para obras nos estados do Amapá, Bahia, Ceará, Paraíba, Sergipe e Tocantins.

Dois desses contratos do Amapá foram alvo de auditorias do TCU e da CGU, que descobriram desvios, superfaturamentos, falta de projeto e outras irregularidades nas obras.

Apesar dessas descobertas, um desses contratos teve seu valor aumentado e seu prazo prorrogado em 2023. Outros contratos foram prorrogados, apesar de ainda não terem iniciado.

Além das irregularidades nos contratos aditivados, o TCU e a CGU já apontaram graves irregularidades em várias outras obras da Engefort, levando a Codevasf a abrir procedimentos internos de investigação. A estatal já sinalizou que suas investigações podem levar a pedidos de ressarcimento à Engefort.

A Codevasf, que foi entregue ao centrão pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mantida por Lula em troca de apoio no Congresso, está agora sob investigação por sua relação com a Engefort. A empresa, com sede no Maranhão, dominou as licitações de pavimentação da Codevasf durante a gestão Bolsonaro, frequentemente participando sozinha ou em parceria com empresas de fachada.

A maior parte dos contratos da Codevasf com a Engefort foi alimentada por emendas parlamentares. Três das obras que receberam aditivos em 2023, orçadas em R$ 90 milhões, foram indicadas pelo senador Davi Alcolumbre.

Leia mais  Veja como ficaram os preços de combustíveis em agosto de 2023

Em um dos casos envolvendo emendas do relator de autoria de Alcolumbre, técnicos do TCU chegaram a apontar direcionamento pelo congressista em favor da Engefort. Além disso, Alcolumbre anexou uma planilha com o timbre da construtora em um ofício enviado à estatal, onde ele selecionou as cidades beneficiadas e o tipo de pavimento que elas receberiam.

No entanto, o ministro Jorge Oliveira, relator do caso, não viu favorecimento de Alcolumbre à Engefort. O ministro acatou o argumento de que a construtora havia ganhado todas as licitações de diferentes tipos de pavimentação no Amapá e, portanto, inevitavelmente obteria os contratos no estado.

Em setembro de 2021, Alcolumbre e Fernando Teles Antunes Neto, gerente comercial da Engefort, tiveram uma reunião com o presidente da Codevasf, Marcelo Moreira. Essa reunião não foi registrada em ata.

Em um relatório divulgado em 2023, a CGU afirmou que ainda não havia uma definição sobre quais ruas seriam pavimentadas em duas dessas obras apadrinhadas por Alcolumbre, cerca de dois anos após a assinatura dos contratos.

Além dos atrasos, a CGU também aponta sobrepreço, superfaturamento e outros prejuízos no valor de R$ 1,9 milhão, resultando em irregularidades de cerca de R$ 3,9 milhões.

No final do governo Bolsonaro, um dos contratos para o Amapá tinha valor de aproximadamente R$ 28,8 milhões, mas com os aditivos assinados em janeiro e abril sob o governo Lula, o montante subiu para cerca de R$ 29,2 milhões. O aditivo de fevereiro estendeu o prazo do contrato por dez meses.

Leia mais  7 milhões de brasileiros se demitiram voluntariamente no país, aponta pesquisa

Das doze obras que receberam aditivos, pelo menos quatro têm 0% de execução, segundo informações da Codevasf.

A obra mais avançada do grupo que recebeu aditivo em 2023 está 87% concluída e custou R$ 2,5 milhões, enquanto a segunda obra mais avançada tem 33% de execução.

Apesar das alegações de irregularidades e investigações em curso, o governo Lula continua a prorrogar contratos com a Engefort. A Secom não se manifestou quando questionada sobre a ampliação dos contratos com a Engefort, apesar das ressalvas dos órgãos de controle.


Nos siga no Google News

DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.

Leia mais

Canadá se torna 9º principal destino das exportações brasileiras

Fernando Américo

TRPL4 e TRPL3 mudam de ticker para ISAE4 e ISAE3

Fernando Américo

Decisões do Governo Lula custarão R$ 3 trilhões em 10 anos: entenda

Paola Rocha Schwartz

Taxação dos super-ricos: impactos reais devem ser considerados

Fernando Américo

Reforma tributária vai impactar a rotina de empresas de todo o Brasil

Fernando Américo

Pix é utilizado por 90% da população adulta do país em apenas 4 anos

Fernando Américo

Deixe seu comentário