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Juros futuros apresentam alta firme, influenciados por preocupações fiscais e sinais de resiliência na economia brasileira.
Os juros futuros encerraram o pregão desta sexta-feira em alta firme ao longo de toda a estrutura a termo da curva. O movimento foi impulsionado pelas preocupações dos investidores com notícias que podem impactar as contas públicas e de novos sinais de resiliência na atividade econômica brasileira.
Isso reforçou a perspectiva de que o Banco Central ainda tem um desafio grande à frente de esfriar a demanda e conter as pressões inflacionárias.
Alta dos juros futuros reflete preocupações com contas públicas e economia resiliente
Os juros futuros encerraram o pregão desta sexta-feira (28) em alta firme ao longo de toda a estrutura a termo da curva, diante das preocupações dos investidores com notícias que podem impactar as contas públicas e de novos sinais de resiliência na atividade econômica brasileira.
Esses fatores reforçaram a perspectiva de que o Banco Central ainda enfrenta um grande desafio para esfriar a demanda e conter as pressões inflacionárias.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 3,32% em fevereiro, na comparação dessazonalizada com janeiro, superando as expectativas de consenso. Esse resultado, somado aos dados recentes do Caged e do setor de serviços, que também superaram as projeções dos economistas, evidencia a resiliência da atividade econômica brasileira.
Além disso, agentes financeiros demonstraram cautela com os recentes anúncios do governo para a política de salário mínimo. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar medida provisória (MP) elevando o salário mínimo para R$ 1.320 e que o governo irá encaminhar ao Congresso um projeto de lei que estabelece reajustes ao mínimo pela inflação (medida pelo INPC) mais o crescimento do PIB consolidado nos dois anos anteriores.
Marinho também disse que a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 2.640 entrará em vigor neste 1º de Maio, quando é celebrado o Dia do Trabalho. Segundo ele, o reajuste na tabela será feito na segunda-feira por ato discricionário da Receita Federal. Ele reiterou, entretanto, que o governo vai voltar a discutir uma ampliação dessa isenção quando o cenário econômico “permitir”.
Os rendimentos dos títulos públicos no exterior também recuaram, com o juro da T-note de 10 anos caindo de 3,525% para 3,422%.
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