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Lucro da Vale despenca: entenda os motivos

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O lucro líquido da mineradora caiu 15% no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado.

Na quinta-feira (24), a Vale informou seu resultado no 3T24, reportando que seu lucro líquido teve uma queda de 15% ante o mesmo período do ano passado, havendo impactos de queda no preço do minério de ferro e por provisões relacionadas ao rompimento da barragem de Mariana (MG).

De acordo com a mineradora, o desempenho inferior, veio juntamente no caminho de um Ebitda mais baixo, além do efeito negativo do esperado acordo definitivo pelo rompimento da barragem de Mariana em novembro de 2015, pela Samarco, uma joint venture da Vale com a BHP.

A Vale informou reconhecer uma provisão adicional de US$ 956 milhões para a Samarco/Fundação Renova, “com base nas negociações avançadas com as autoridades brasileiras para um acordo que define as medidas para a reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco.″

A provisão total para a Samarco e para a Fundação Renova é de US$ 4,7 bilhões. A reunião para assinatura do acordo definitivo de reparação pelo rompimento da barragem de Fundão da Samarco é esperada para esta sexta-feira (25).

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Vale (VALE3) registra lucro líquido de US$ 2,4 bi no 3T24

A Vale (VALE3) anunciou um lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre de 2024. Dessa forma, o que representa uma queda de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora o número tenha superado as expectativas do consenso da LSEG, que previa um lucro de US$ 1,68 bilhão, a diminuição é um reflexo dos desafios enfrentados pela mineradora.

O desempenho da empresa foi impulsionado por melhorias em todos os seus segmentos de negócio. As vendas de minério de ferro aumentaram em 1,3 milhão de toneladas. Assim, resultando em um crescimento de 2% na comparação anual. Esse aumento teve um suporte significativo de um salto de 18% nas vendas de pelotas, impulsionado pela maior produção e pela forte demanda no mercado.

Receita líquida

A receita líquida da Vale alcançou US$ 9,55 bilhões, embora tenha sofrido uma queda de 10% em relação ao ano anterior. Esse número também superou as projeções do mercado, que esperava US$ 9,43 bilhões. O EBITDA da companhia foi de US$ 3,615 bilhões, refletindo uma queda de 18% na base anual, mas em linha com o consenso, que era de US$ 3,61 bilhões. 

A Vale também revisou sua estimativa de custo all-in de cobre para 2024, ajustando-a para entre US$ 2.900 e US$ 3.300 por tonelada, em comparação aos US$ 3.300 a US$ 3.800 anteriormente estimados, enquanto manteve inalteradas as outras previsões.

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Em termos de dívida, a Vale reportou uma dívida líquida expandida de US$ 16,5 bilhões em 30 de setembro, um aumento de US$ 1,8 bilhão em relação ao trimestre anterior. Esse crescimento se deve a provisões adicionais relacionadas à Samarco. A empresa havia anunciado que incluiria R$ 5,3 bilhões (cerca de US$ 956 milhões) em passivos relacionados ao rompimento da barragem de Mariana (MG) nos resultados financeiros do terceiro trimestre.

“Esperamos assinar o acordo de Mariana muito em breve, visando uma resolução definitiva que irá, acima de tudo, beneficiar as pessoas impactadas e a sociedade, por meio de um acordo mutuamente benéfico para todas as partes interessadas”, disse Pimenta no documento.

Essa nova provisão está sendo calculada enquanto a Vale, em conjunto com a BHP e a Samarco, discute com autoridades federais e estaduais os termos para um acordo definitivo de reparação, que pode totalizar R$ 170 bilhões. O acordo, que deve ser assinado em breve, considera pagamentos já realizados e novas obrigações.

Compromisso com a empresa

Em seu primeiro relatório financeiro desde que assumiu a liderança da Vale, o novo CEO, Pimenta, enfatizou seu compromisso em transformar a empresa em uma organização “mais ágil e eficiente”, focando na inovação e em uma cultura de alto desempenho. Ele destacou que a segurança e a excelência operacional são fundamentais para essa transformação.

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Pimenta também mencionou a estratégia de concentrar-se na entrega de um portfólio de produtos de alta qualidade. Ainda, com um foco maior nas necessidades dos clientes. No segmento de minério de ferro, a empresa planeja acelerar a oferta de produtos premium. Enquanto busca crescimento em metais básicos, especialmente no cobre. 

“Em minério de ferro, vamos acelerar nossa oferta de produtos de alta qualidade, enquanto em metais básicos, pretendemos continuar a crescer, principalmente em cobre”, completa.

Por fim, ele reiterou a importância de melhorar os relacionamentos institucionais da companhia, garantindo que a Vale tenha um impacto positivo tanto nas comunidades quanto no meio ambiente.


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