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Lula eleva impostos para produtos de aço e ferro

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A medida atende a pedido do Sicetel.

Na última semana, o Gecex (Comitê Executivo de Gestão) da Camex, informou ter decidido aumentar o imposto de importação de produtos de ferro e aço para 25%.

Segundo informações, a medida atende a pedido do Sicetel (Sindicato Nacional das Indústrias de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos).

O imposto de importação praticado sobre os itens indicados pelo era menor e variava de acordo com o produto. Os que tinham uma menor tributação (10,8%) eram os fios de ferro ou aço não ligado, revestidos de outros metais comuns.

Outros produtos também terão variação no imposto, conforme decisão do Gecex, serão eles:

  • cabos e fibras óticas;
  • motores elétricos para liquidificadores e processadores de alimentos;
  • fios de poliéster usados em tecidos técnicos, pneus, grelhas, lonas, laminados de PVC e linha de costura.

Com a decisão do colegiado, as folhas metálicas que vierem da China terão uma sobretaxa de US$ 257,97 a US$ 341,28.


Lula diz que culpa da fome é do próprio Governo

Durante o lançamento de um plano nacional para o abastecimento alimentar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que a fome no Brasil é resultado da “irresponsabilidade” de governos anteriores. Sem citar nomes, Lula se referiu aos seus antecessores, criticando a gestão de políticas que, segundo ele, levaram o país de volta ao mapa da fome.

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Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, Lula afirmou: “A única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada irresponsabilidade de quem governa.” Ele mencionou o período em que o Brasil foi retirado do mapa da fome pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) em 2014, atribuindo a volta da fome ao país a uma rápida destruição de conquistas sociais feitas durante sua gestão anterior.

“Vocês sabem que, em 2014, a FAO anunciou o Brasil fora do mapa da fome. Para tirar, levou muitos anos. Para destruir, levou poucos meses. Ou seja, quando nós voltamos já tinha 33 milhões de pessoas passando fome outra vez”, declarou Lula, em referência ao cenário que encontrou ao reassumir o governo em 2023.

Plano de combate à fome

No evento, Lula e os ministros do governo assinaram uma série de planos nacionais voltados ao abastecimento alimentar, à agroecologia e à produção orgânica. O governo anunciou um investimento de R$ 9 bilhões, com 7 eixos principais, incluindo a produção, conservação da agrobiodiversidade, e medidas para ampliação da produção de arroz pela agricultura familiar.

Entre as ações mais notáveis do plano, estão a criação de “sacolões populares”para comercializar produtos da agricultura familiar a preços acessíveis, a implementação de centros de abastecimento e vendas comunitárias em imóveis cedidos pela União, e a promoção de preços justos para os produtos agrícolas.

Segundo o governo, o objetivo é descentralizar a produção de arroz, atualmente concentrada no Rio Grande do Sul, Estado que sofreu impactos severos das chuvas recentes, prejudicando a colheita e provocando um aumento de 11,31% no preço do produto.

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Lula destacou que vai acompanhar de perto a execução das políticas anunciadas, cobrando resultados de seus ministros. “Eu vou ficar no pé de vocês, porque o que a gente quer é tirar o Brasil da fome novamente”, enfatizou, afirmando que o objetivo é que até o final de seu mandato, em 2026, todas as pessoas no país tenham acesso a alimentação digna.

A fome no Brasil: números alarmantes

O problema da fome no Brasil voltou a ser uma questão crítica nos últimos anos. De acordo com o relatório da FAO de 2024, cerca de 14,3 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar grave no país, e 8,4 milhões de brasileiros vivem em condições que se caracterizam como fome.

Esses números representam um retrocesso em relação aos avanços obtidos durante os primeiros mandatos de Lula, quando o Brasil foi reconhecido internacionalmente por suas políticas de combate à pobreza e à fome, que incluíram programas como o Bolsa Família e Fome Zero.

Medidas sustentáveis e alimentação saudável

O plano anunciado durante a cerimônia, que contou com a presença de ministros como Marina Silva (Meio Ambiente)Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), e Wellington Dias (Desenvolvimento Social), tem como lema “Alimento saudável no prato” e foca em 92 ações estratégicaspara garantir a produção sustentável de alimentos e melhorar a distribuição e comercialização dos produtos agrícolas.

Entre as iniciativas, destaca-se o incentivo à agroecologia e à produção de alimentos orgânicos, com a construção de conhecimentos sobre práticas sustentáveis e o apoio à sociobiodiversidade. O plano também inclui eixos voltados para a terra e território, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais.

A primeira-dama Janja Lula da Silva e outros membros do governo também estiveram presentes no evento, que aconteceu no contexto do Dia Mundial da Alimentação, uma data importante para discutir as políticas alimentares no Brasil e no mundo.

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Críticas e desafios

O Embora Lula tenha focado suas críticas nos governos anteriores, especialmente na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB), que teriam contribuído para o agravamento da fome, ele também destacou a importância da responsabilidade do atual governo em garantir que os programas anunciados sejam eficazes.

O presidente enfrenta o desafio de recuperar a confiança da população e reverter o cenário de fome no país, que se agravou durante a pandemia de COVID-19 e os anos subsequentes. As políticas anunciadas agora terão um papel crucial na tentativa de reverter esse quadro, mas exigem coordenação eficiente e investimento contínuo.

Com um investimento de R$ 9 bilhões e a implementação de ações descentralizadasvoltadas para a agricultura familiar, o governo de Lula espera que os planos alimentares ajudem a reduzir a fome de forma sustentável, promovendo a inclusão de pequenos produtores e garantindo que a população tenha acesso a alimentos saudáveis e a preços justos.

O governo agora se vê pressionado a cumprir suas promessas e reverter os números alarmantes, em um esforço para que o Brasil volte a ser referência no combate à fome e na garantia de segurança alimentar para toda a sua população.


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