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- Crítica à Política de Juros: Presidente Lula critica as altas taxas de juros do Banco Central, apontando o prejuízo para cidadãos e empresários que têm dificuldade em obter financiamento.
- Paciência até Dezembro: Lula expressa disposição em aguardar o término do mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, em dezembro.
- Futuros Candidatos ao Banco Central: Gabriel Galípolo e Paulo Picchetti são destacados como principais candidatos para suceder Campos Neto.
- Estabilidade da Petrobras: Lula nega crises na Petrobras, atribuindo instabilidades percebidas a desentendimentos naturais.
- Reforma Ministerial Descartada: O presidente afirma que não há planos de reforma ministerial em sua agenda.
- Reforma Tributária: Lula deseja manter o mesmo relator para a reforma tributária no Congresso, mas a decisão final será de Arthur Lira.
- Isenção de Impostos para a Cesta Básica: Presidente defende que produtos da cesta básica não deveriam ser tributados, visando aliviar o fardo sobre os mais vulneráveis.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje a política de altas taxas de juros implementada pelo Banco Central, durante um encontro com jornalistas em Brasília. Lula argumentou que as taxas elevadas prejudicam tanto os cidadãos quanto os empresários, que encontram dificuldades para financiar seus investimentos.
“O presidente do Banco Central deve compreender que a alta taxa de juros afeta negativamente o povo brasileiro e o empresariado nacional”.
Declarou Lula
Apesar das críticas, ele enfatizou sua disposição em aguardar pacientemente até dezembro, quando se encerra o mandato do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Lula também destacou que é essencial para o futuro do país que os agentes do mercado atuem com responsabilidade. “Não podemos viver em constante instabilidade por conta das reações do mercado financeiro”, comentou. Ele reiterou seu compromisso em priorizar os interesses nacionais sobre os do mercado.
O Sucessor
No que se refere à sucessão na presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo, diretor de política monetária, e Paulo Picchetti, diretor de assuntos internacionais, são os nomes mais cotados. Ambos fazem parte do atual governo e têm laços estreitos com o presidente.
Além das questões econômicas, Lula abordou a situação da Petrobras, negando a existência de uma crise na estatal. “Desentendimentos e declarações equivocadas são naturais e não configuram uma crise”, afirmou, tranquilizando o público sobre a estabilidade da empresa.
Sobre a possibilidade de uma reforma ministerial, o presidente foi enfático ao negar quaisquer planos nesse sentido. “Não há previsão de reforma ministerial em minha agenda”, disse Lula. Ele também mencionou a reforma tributária, indicando que o governo pretende manter o mesmo relator no Congresso, mas enfatizou que a decisão final cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira.
A discussão também tocou no tema da tributação de produtos da cesta básica, com Lula defendendo a isenção de impostos para esses itens essenciais. “O ideal seria não cobrar nada da cesta básica”, concluiu o presidente, reforçando seu foco nas necessidades dos mais vulneráveis.
Crise de 2023
Reportagem da Agência Brasil publicada no ano passado, ainda no calor da crise entre o executivo com o BC, procurou especialistas para avaliar a questão.
As opiniões sobre a atuação do Banco Central (BC) e sua relação com o governo Lula mostram uma clara divisão entre especialistas:
- Críticas à Atuação do BC: André Nassif, professor da UFF, expressa desapontamento com os primeiros 100 dias de governo, atribuindo à postura do BC um obstáculo para a retomada econômica. Segundo ele, o BC limita a autonomia do governo em implementar políticas eficazes para geração de empregos.
- Defesa da Política Monetária: Virene Matesco, professora emérita da FGV, defende a postura do BC, argumentando que a política monetária é essencial para combater a inflação. Ela critica as declarações públicas de Lula sobre o BC, sugerindo que tais comentários exacerbam a instabilidade no mercado financeiro.
- Impacto das Declarações no Mercado: Matesco observa que cada crítica do presidente Lula à política monetária resulta em oscilações negativas no mercado, como a valorização do dólar e a elevação dos juros futuros, o que implica um custo econômico para o país.
- Nova Regulação Fiscal: Em um recente pronunciamento, Roberto Campos Neto, presidente do BC, avaliou positivamente o novo arcabouço fiscal proposto pelo governo, considerando que as novas regras fiscais ajudarão a evitar o descontrole da dívida pública.
- Indicações para o BC: O governo possui a prerrogativa de indicar dois novos diretores para o BC, substituindo aqueles cujos mandatos se encerraram em março, conforme estipulado pela lei de autonomia do BC.
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