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Lula vai deixar “calote” de R$ 245 bilhõe para o próximo presidente

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Crise dos precatórios cria dívida de R$ 245 bi, ameaçando a reputação do Tesouro e gerando preocupações para o próximo governo.

A crise dos precatórios no Brasil tem criado uma dívida de R$ 245 bilhões que pode ser transferida ao próximo governo. Grandes bancos e fundos de investimento acreditam que o Tesouro enfrentará dificuldades para emitir títulos no exterior caso não resolva o impasse no pagamento de precatórios.

O novo arcabouço fiscal adia o pagamento dessa dívida para 2027, o que deve afetar a reputação do Tesouro. Durante a gestão de Jair Bolsonaro, foram pagos menos de 20% do valor anual projetado de precatórios, aumentando a preocupação das instituições financeiras.

Precatórios ameaçam reputação do Tesouro e geram preocupação para o futuro governo

A crise dos precatórios no Brasil tem gerado uma dívida crescente de R$ 245 bilhões, que provavelmente será transferida para o próximo governo.

Grandes bancos e fundos de investimento avaliam que o Tesouro terá dificuldades para emitir títulos no exterior caso não encontre uma solução para o pagamento dos precatórios, que são títulos de dívida da União com sentenças judiciais definitivas.

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O novo arcabouço fiscal adia o pagamento dessa dívida para 2027, o que deve comprometer a reputação do Tesouro, já que durante a gestão de Jair Bolsonaro, foram pagos menos de 20% do valor anual projetado de precatórios.

Isso causa preocupação nas instituições financeiras, que veem o atual governo empurrando a discussão sobre o pagamento desses precatórios para frente, a fim de evitar cortes nos gastos públicos.

O economista José Roberto Afonso, ex-consultor do Congresso e atual consultor do mercado de precatórios, acredita que a solução seria o governo assumir imediatamente essa dívida e emitir novos papéis pelo Tesouro, com remuneração similar à dos títulos públicos. Isso reduziria o efeito multiplicador dessa dívida e evitaria o acúmulo de dívidas futuras.

Entretanto, a equipe econômica do atual governo optou por manter a antiga âncora fiscal – o teto de gastos – como forma de definir o valor máximo de precatórios a ser pago por ano.

Por esse mecanismo, a despesa é corrigida pela inflação do ano anterior. Mesmo assim, ano após ano, a União paga apenas 17% do valor projetado, e a diferença não está sendo devidamente contabilizada na dívida consolidada da União. Essa situação cria uma bola de neve financeira que pode trazer consequências negativas para o próximo governo.

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