1º de Maio: Feriado ou perigo para seu dinheiro?

• A bolsa de valores brasileira não operará na quinta-feira, mas retoma as atividades na sexta-feira (2)
• Apesar do feriado, importantes indicadores econômicos, como o PIB dos EUA e dados do mercado de trabalho, movimentarão os mercados
• Empresas como Amazon, Apple e Microsoft divulgarão seus resultados, afetando o desempenho das bolsas

Após o feriado de Páscoa, muitos começam a olhar para o próximo descanso no calendário: o Dia do Trabalho, que em 2025 cairá em uma quinta-feira, 1º de maio. A boa notícia é que, além de garantir uma pausa no meio da semana, a data pode resultar em um feriadão para quem emendar a sexta-feira (2). Mas o que isso significa para o mercado financeiro? A B3 (B3SA3) estará operando no feriado?

B3 fechada no feriado

A resposta é: a B3 não opera no Dia do Trabalho, 1º de maio. Isso ocorre porque a data está oficialmente na lista dos feriados nacionais previstos pela Lei nº 10.607, de 2002. Assim, não haverá negociações de ações, contratos futuros ou outros ativos nesse dia. O mercado financeiro voltará à normalidade na sexta-feira (2), com o início de uma nova rodada de negociações.

Além da B3, a maior parte do Brasil, incluindo bancos, repartições públicas, escolas e boa parte do comércio, estará fechada. Contudo, serviços essenciais, como hospitais, farmácias e algumas redes de supermercados, continuam funcionando.

A expectativa é de que o país, assim como a maior parte do mundo, enfrente uma semana mais curta devido ao feriado. Dessa forma, o que altera a dinâmica dos mercados.

Semana curta mas agitada no mercado

Embora a semana seja mais curta, o movimento no mercado financeiro tende a ser agitado. O motivo? A agenda econômica não diminui com o feriado. Nos próximos dias, os investidores estarão atentos aos indicadores econômicos importantes.

Nos Estados Unidos, será divulgada a prévia do PIB do primeiro trimestre, dados sobre o mercado de trabalho e a inflação dos gastos com consumo. Estes números terão grande impacto sobre as expectativas do mercado, principalmente em relação à política monetária e à recuperação econômica americana.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja celebrar seus primeiros 100 dias de mandato com o envio ao Congresso de um pacote de leis, que inclui cortes de impostos, medidas de segurança nas fronteiras e reformas nos gastos públicos. O mercado estará de olho para entender o impacto dessas mudanças na economia.

Expectativa para a nova temporada de resultados

Além dos indicadores econômicos, a temporada de balanços nos Estados Unidos ganha força nos próximos dias. Grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Apple, Meta e Microsoft, divulgarão seus resultados.

Estes dados serão cruciais para os investidores, que buscam sinais de crescimento ou desaceleração no setor de tecnologia, que vem mostrando grande protagonismo no cenário global.

No Brasil, os dados de emprego, tanto do IBGE quanto do CAGED, serão observados de perto, pois o desempenho do mercado de trabalho pode influenciar diretamente as decisões sobre a taxa Selic.

O desempenho do mercado de trabalho brasileiro é um dos principais fatores que os investidores monitoram para projetar os próximos passos da política monetária nacional.

Abertura das bolsas após o feriado

Em termos de mercados globais, o 1º de maio afetará apenas alguns países. Bolsas de valores ao redor do mundo, incluindo o Ibovespa, estarão fechadas na quinta-feira, 1º de maio, mas a grande maioria dos mercados internacionais estará disponível para negociação na sexta-feira (2). A exceção é a China, que também emendará o feriado.

O retorno das negociações será marcado por dados econômicos importantes nos Estados Unidos, o que pode gerar volatilidade nas bolsas.

O impacto do 1º de maio nas bolsas será limitado ao fechamento de alguns mercados, mas a expectativa para a sexta-feira será de um pregão de recuperação. Investidores estarão especialmente atentos aos resultados das grandes corporações, aos dados econômicos dos EUA e à expectativa de um feriado que quebra a rotina dos mercados.