
- Santander Corretora indica top 5 ações para abril/2025: Analistas selecionaram as melhores oportunidades do mês com base em critérios fundamentais e setoriais.
- Carteira com histórico de 13 anos: Publicada desde 2012, a seleção mensal é referência consolidada no mercado financeiro.
- Foco em valorização e análise técnica: As recomendações servem como guia para investidores que buscam decisões embasadas
A Santander Corretora divulgou sua Carteira Valor de abril de 2025, revelando as cinco ações preferidas de seu time de analistas para o mês. O portfólio é resultado de uma análise criteriosa que considera fundamentos, expectativas setoriais e oportunidades de valorização.
Com histórico desde 2012, a carteira é publicada mensalmente em veículos especializados de grande circulação e serve como importante referência para investidores interessados em sugestões com base em análises técnicas e fundamentalistas.
Neste mês, houve duas exclusões importantes: Banco do Brasil (BBAS3) e Telefônica Brasil (VIVT3). Contudo, ambas ainda recomendadas como compra no longo prazo, mas substituídas por alternativas consideradas mais atrativas no curto prazo.
As novas apostas incluem CCR (CCRO3), com destaque para a agenda de reequilíbrios contratuais e investimentos em infraestrutura, e Itaúsa (ITSA4), que assume o posto de principal representante do setor financeiro.
CCR (CCRO3): infraestrutura com fôlego para valorização
A CCR, maior operadora de rodovias pedagiadas da América Latina, é uma das novidades da Carteira Valor. A companhia também atua em transporte urbano e aeroportuário, com participações no Metrô Bahia, BH Airport e Linha 4 do Metrô de São Paulo.
A aposta dos analistas da Santander se apoia na capacidade da empresa de gerar valor com reequilíbrios contratuais. Além disso, à redução de custos e novos projetos.
A expectativa é de crescimento contínuo em receita e EBITDA, impulsionado pelo aumento de tráfego nas rodovias e expansão dos investimentos, que atingiram R$ 7,3 bilhões em 2024.
A taxa interna de retorno (TIR) real dos projetos da empresa está em 13,4%, oferecendo um spread atrativo frente aos títulos públicos de longo prazo. Com possibilidade de ganhos adicionais via novos leilões ou reciclagem de ativos, a CCR representa um case robusto de valorização.
Itaúsa (ITSA4): Desconto atrativo
A holding Itaúsa retorna à carteira como substituta do Banco do Brasil, agora destacada como a Top Pick do setor financeiro. Os analistas veem um desconto considerável de cerca de 25% em relação ao valor patrimonial líquido (NAV), acima da média dos últimos dois anos.
A expectativa, contudo, é que esse gap diminua com a entrada de capital estrangeiro e com a eliminação de ineficiências fiscais após a aprovação da reforma tributária.
Com 92% do valor da holding vinculado ao Itaú Unibanco, a Itaúsa se beneficia diretamente do bom momento operacional do banco. Mesmo com uma estratégia conservadora de portfólio no curto prazo, a empresa continua sólida e bem posicionada para aproveitar o cenário macroeconômico e mudanças regulatórias favoráveis.
O potencial de valorização está, portanto, ancorado tanto no desconto em relação ao NAV quanto na consistência dos resultados do Itaú.
Embraer (EMBR3): Crescimento no radar
A Embraer permanece entre os destaques da carteira após um desempenho expressivo em 2024, com alta de 150% no acumulado do ano. A fabricante brasileira de aeronaves continua sendo vista como uma oportunidade atrativa para 2025. Dessa forma, com uma projeção de crescimento de receita em 20% e forte performance operacional nas divisões Comercial e de Defesa.
A tese de investimento se sustenta em cinco pilares: aumento da demanda por aviões comerciais e executivos, novas encomendas do cargueiro C-390. Além disso, da revisão altista nas projeções para 2025-26, valorização da unidade eVTOL e múltiplos atrativos de valuation.
Os resultados do quarto trimestre de 2024 superaram as expectativas. Assim, reforçando a confiança dos analistas na continuidade do bom momento da empresa.
Petrobras (PETR3): Estabilidade operacional
A Petrobras também segue entre as recomendações da Santander Corretora, mesmo com uma leve decepção no EBITDA do 4T24. O novo Plano de Negócios 2025-29 trouxe diretrizes bem recebidas pelo mercado. Dessa forma, como aumento na produção esperada e maior flexibilidade da estrutura de capital, assim, o que abre espaço para dividendos extraordinários.
Apesar do aumento do capex em 2024, a perspectiva para 2025 é de redução nos investimentos e manutenção do pagamento regular de dividendos, com yield estimado em cerca de 12%. O valuation também permanece atrativo, com EV/EBITDA de 3,9x, abaixo da média histórica de 10 anos.
Os principais vetores positivos incluem a retomada da produção, estabilidade nos preços do petróleo. Além de uma política de dividendos mais consistente com os padrões internacionais.
Ajustes táticos: saem Banco do Brasil e Telefônica Brasil
As exclusões da carteira refletem uma visão tática de curto prazo. No caso do Banco do Brasil, os analistas apontam aumento da inadimplência no crédito rural como fator de risco no primeiro trimestre.
Já a saída da Telefônica (Vivo) se deve à frustração com os resultados do quarto trimestre. Contudo, que trouxeram dúvidas quanto à consistência do EBITDA e da geração de caixa em 2025, impactando as projeções de dividendos.
Ambas as empresas seguem com recomendação de compra no longo prazo, mas perdem espaço no portfólio mensal em razão de riscos específicos. Além de ajustes na lista de preferências setoriais.