
- Ibovespa cai 0,39% e fecha aos 141.640 pontos
- Dólar sobe a R$ 5,45, com juros futuros mistos
- Vale e bancos puxam o índice para baixo em dia de tensão fiscal
O Ibovespa abriu o pregão desta sexta-feira (17) em queda de 0,39%, aos 141.640 pontos, refletindo a aversão ao risco global e o aumento da cautela com o cenário fiscal.
Apesar da leve alta de Petrobras (PETR4), o movimento negativo de bancos e Vale (VALE3) pesou sobre o índice, que segue pressionado por fatores externos e incertezas domésticas.
Bolsas sob pressão
As ações de Vale (VALE3) caíram 0,35%, acompanhando a queda do minério de ferro na China, enquanto Petrobras (PETR4) subiu 0,17% com o petróleo em leve recuperação.
Nos bancos, o cenário foi mais negativo: Itaú (ITUB4) recuou 0,43%, Santander (SANB11) caiu 0,57%, Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 0,44%, e Bradesco (BBDC4) teve a pior queda do dia, com -1,03%.
Com isso, o mercado doméstico ficou sem forças para acompanhar o desempenho das bolsas internacionais. O dólar comercial avançou a R$ 5,45, enquanto os juros futuros oscilaram de forma mista.
Exterior dividido
Lá fora, o desempenho foi irregular. O Dow Jones Futuro subiu 0,13%, mas o S&P 500 Futuro caiu 0,06% e a Nasdaq Futuro recuou 0,31%. A tensão entre Estados Unidos e China continua a pesar sobre os mercados.
Nos bastidores, investidores analisam as sinalizações do Federal Reserve (Fed) sobre o rumo dos juros. Além disso, a percepção é que a economia americana ainda mostra força moderada, o que reduz a expectativa de cortes agressivos nas taxas.
Portanto, esse cenário gera volatilidade global, afetando o apetite por risco e impactando ativos de países emergentes, como o Brasil.
Risco fiscal e expectativa local
No Brasil, as atenções se voltam novamente para a trajetória fiscal. A falta de avanços em medidas de ajuste e o impasse no Congresso aumentam o pessimismo dos investidores.
Ademais, mesmo com a melhora pontual no IBC-Br, divulgado nesta semana, o sentimento é de cautela. O mercado teme que o governo amplie gastos em meio à desaceleração econômica e à pressão política.
Por fim, a visão predominante entre analistas é que a Selic continuará em patamar elevado até 2026, o que limita o crescimento e afeta o humor dos investidores de renda variável.