
- Ibovespa fecha em alta de 0,32%, aos 141.812,35 pontos.
- Petrobras, Vale e bancos foram os grandes destaques positivos do pregão.
- Dólar cai a R$ 5,33 e juros futuros recuam, trazendo alívio ao mercado.
O Ibovespa conseguiu virar para o positivo nesta quarta-feira (8), contrariando parte das projeções pessimistas. O índice subiu 0,32%, aos 141.812,35 pontos, com apoio de empresas de peso e alívio vindo do câmbio e dos juros futuros.
O resultado mostra um movimento de recomposição em setores estratégicos da Bolsa, especialmente bancos, Petrobras e Vale. Ao mesmo tempo, investidores acompanharam sinais mais calmos em Nova York, onde os índices futuros também avançaram.
Petrobras e Vale reforçam o índice
A Vale (VALE3) avançou 0,75%, sustentada pela recuperação do minério de ferro no exterior. Já a Petrobras (PETR4) ganhou 0,62%, mesmo com oscilações do petróleo. As duas companhias, por terem grande peso na carteira do Ibovespa, foram fundamentais para evitar nova queda.
Essa movimentação mostra como o investidor busca ativos defensivos em dias de maior cautela. O desempenho de Vale e Petrobras tem funcionado como amortecedor, compensando pressões em setores mais sensíveis às mudanças no cenário econômico.
No acumulado da semana, o petróleo e o minério ainda apresentam volatilidade, mas o mercado brasileiro conseguiu reagir de forma pontual. Isso ajuda a manter o índice dentro de uma faixa considerada de estabilidade.
Bancos retomam fôlego
Os grandes bancos também colaboraram com o pregão. O Itaú (ITUB4) subiu 0,19%, o Santander (SANB11) avançou 0,21%, o Banco do Brasil (BBAS3) ganhou 0,38% e o Bradesco (BBDC4) teve alta de 0,30%. Esse movimento reforçou a leitura de que há espaço para recuperação gradual do setor.
Analistas afirmam que, mesmo diante do crédito mais caro e do consumo pressionado, o mercado vê os bancos como proteção no cenário de juros altos. Além disso, os balanços recentes mostraram resiliência nas margens e no lucro líquido.
Portanto, para o investidor, esse desempenho sugere que o setor financeiro pode seguir como aposta de médio prazo, ajudando a equilibrar a carteira em momentos de instabilidade.
Cenário externo mais calmo
Nos Estados Unidos, os futuros de índices acionários avançaram de forma moderada. O Dow Jones Futuro ganhou 0,25%, o S&P500 Futuro subiu 0,13% e a Nasdaq Futuro teve alta de 0,10%. O alívio, ainda que limitado, trouxe apoio para os emergentes.
Esse movimento acontece em meio às incertezas fiscais em Washington, mas investidores seguem apostando em cortes de juros pelo Federal Reserve. Ademais, a visão de que o banco central americano terá de agir diante do enfraquecimento da economia sustenta parte do apetite ao risco.
No câmbio, o dólar caiu 0,49%, a R$ 5,33, e os juros futuros recuaram, reforçando o ambiente mais favorável ao risco no Brasil. Por fim, esse conjunto deu sustentação ao desempenho do Ibovespa.