
- Ibovespa abre em alta de 0,55%, aos 147.143 pontos, puxado por Vale e bancos.
- Petrobras recua, enquanto o dólar sobe a R$ 5,32 e os juros futuros caem.
- Mercado global atento ao risco de shutdown nos EUA, que pode afetar dados como o Payroll.
O Ibovespa abriu em alta de 0,55%, aos 147.143,24 pontos, e cravou novo recorde histórico nesta terça-feira (30). O movimento foi liderado por bancos e Vale (VALE3), que compensaram a queda da Petrobras (PETR4).
Enquanto isso, o dólar comercial subiu a R$ 5,32 e os juros futuros (DIs) recuaram, refletindo cautela dos investidores diante da incerteza no exterior.
Bancos e Vale em destaque
O avanço do índice foi garantido pelo desempenho do setor financeiro. Itaú (ITUB4) subiu 1,36%, Bradesco (BBDC4) ganhou 1,55%, enquanto Santander (SANB11) avançou 0,92% e Banco do Brasil (BBAS3) fechou em alta de 0,41%.
A Vale (VALE3) também contribuiu, com valorização de 0,24%, em meio à recuperação do minério de ferro no mercado internacional.
Por outro lado, a Petrobras (PETR4) caiu 0,35%, pressionada pela correção nos preços do petróleo, o que impediu uma alta ainda maior do Ibovespa.
Cenário externo dividido
Nos Estados Unidos, o humor foi misto. O Dow Jones Futuro recuou 0,08% e o S&P 500 Futuro caiu 0,05%. A exceção ficou por conta da Nasdaq Futuro, que avançou 0,03% com otimismo em torno do setor de tecnologia e inteligência artificial.
Apesar dos ganhos no setor tech, o mercado internacional continua de olho no risco de shutdown do governo americano. Caso não haja acordo entre os congressistas, o bloqueio orçamentário pode afetar dados cruciais, como o Payroll, previsto para esta semana.
Esse cenário aumenta a volatilidade e reforça a busca por ativos de proteção, o que explica parte da pressão sobre moedas emergentes como o real.
Investidores cautelosos
No Brasil, a alta do Ibovespa mostra resiliência, mas a subida do dólar traz preocupação para empresas importadoras e para setores dependentes de insumos externos.
O recuo dos juros futuros (DIs), no entanto, indica que o mercado ainda acredita em espaço para flexibilização monetária adiante, mesmo com as incertezas fiscais e externas.
Assim, o pregão encerrou com sinais mistos: bolsa em máxima histórica, mas investidores ainda cautelosos diante das pressões do cenário internacional.