
- Dólar cai para R$ 5,30 e juros recuam na ponta longa antes da Super Quarta.
- Fed deve cortar juros amanhã, com três cortes projetados até o fim de 2025.
- Ibovespa renova máximas e Selic deve seguir em 15% na decisão do Copom.
O dólar segue em queda nesta terça-feira (16), negociado a R$ 5,3093 (-0,23%), em movimento influenciado pela expectativa de que o Federal Reserve retome amanhã o ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos. O cenário torna o carry trade mais atrativo e sustenta a entrada de capital estrangeiro no Brasil.
Enquanto isso, a Bolsa brasileira voltou a renovar máximas, refletindo o alívio no câmbio e no mercado de juros. O Ibovespa chega ao maior patamar já registrado, com alta de 0,65%, aos 144.450,27 pontos, em linha com o clima de otimismo global.
O que move o mercado hoje
Na mínima do dia, o dólar tocou R$ 5,2977, confirmando o viés de baixa da moeda americana. Já os juros futuros recuaram na ponta longa entre 6 e 7 pontos, acompanhando a moeda.
Assim, os contratos curtos oscilaram na abertura após a divulgação da taxa de desemprego no Brasil, que caiu para 5,6%, abaixo do consenso de 5,7% e no menor nível desde o início da série histórica do IBGE em 2012.
Desse modo, o total de desocupados caiu para 6,1 milhões, menor número desde 2013.
Cenário internacional
Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries tiveram movimentos mistos. A Note de 2 anos recuou, enquanto a de 10 anos subiu, refletindo ajustes antes da decisão do Fed.
Além disso, as vendas no varejo americano cresceram 0,6% em agosto, mostrando a resiliência do consumo mesmo diante de incertezas econômicas.
Portanto, o resultado positivo ocorre apesar das preocupações com desaceleração, levantadas pelos últimos relatórios de emprego, que indicam sinais mistos no mercado de trabalho.
Expectativas para a Super Quarta
O mercado já precifica em 96% de probabilidade um corte de 25 pontos-base na taxa americana. A projeção dominante é de três cortes até o fim do ano, um em cada reunião restante do Fed.
Ademais, no Brasil a expectativa é de que o Copom mantenha a Selic em 15%, reforçando a postura cautelosa diante das incertezas externas.
Por fim, a combinação de queda do dólar, avanço da Bolsa e recuo dos juros longos reforça o apetite por risco entre investidores.