Perdeu o fôlego

Abertura: Ibovespa bate novo recorde histórico, mas fraqueja; dólar dispara e bancos seguram a Bolsa

Bolsa brasileira atinge 146.398 pontos e volta a desacelerar; Vale oscila, Petrobras cai e grandes bancos garantem equilíbrio do índice.

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Abertura: Ibovespa bate novo recorde histórico, mas fraqueja; dólar dispara e bancos seguram a Bolsa
  • Ibovespa renova máxima histórica de 146.398 pontos, mas perde força
  • Dólar sobe a R$ 5,32 e Banco Central vende US$ 2 bilhões em leilões
  • Petrobras cai, Vale oscila e grandes bancos sustentam o índice

O Ibovespa abriu a sexta-feira (19) renovando a máxima histórica, ao alcançar 146.398 pontos, mas reduziu o ritmo de alta no decorrer da manhã. O movimento veio após três pregões de recordes consecutivos, embalados pelo corte de juros nos Estados Unidos e pelo otimismo global.

Ao mesmo tempo, o dólar comercial avançava a R$ 5,32, enquanto os juros futuros (DIs) subiam em toda a curva. O mercado também acompanhava a volatilidade das ações da Vale (VALE3) e as quedas da Petrobras (PETR4), compensadas pelo desempenho positivo dos grandes bancos.

Vale oscila, Petrobras cai e bancos sustentam ganhos

As ações da Vale (VALE3) oscilaram entre perdas e ganhos na abertura, chegando a cair 0,10%, mas voltando ao positivo em seguida. Já a Petrobras (PETR4) iniciou o dia em queda, com recuo de 0,18%, acompanhando a desvalorização do petróleo no mercado internacional.

Entre os bancos, o movimento foi de recuperação gradual. BB Seguridade (BBSE3) se destacou após o Morgan Stanley elevar recomendação, fazendo a ação saltar quase 2%. Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) também operaram em alta, ajudando a segurar o índice.

Esse equilíbrio manteve o Ibovespa próximo da estabilidade, mas ainda em território positivo. O mercado aguarda novos sinais da economia global para confirmar se há espaço para romper níveis ainda mais altos.

Wall Street reage e Trump fala com Xi

Nos Estados Unidos, os principais índices mantinham o tom positivo. O Dow Jones subia 0,22%, o S&P 500 avançava 0,23% e a Nasdaq crescia 0,42%, refletindo o impacto do corte de juros promovido pelo Federal Reserve.

O mercado americano também observava a aguardada conversa entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping, marcada para o fim do dia. O encontro pode definir o futuro do TikTok nos EUA e influenciar o fluxo de investimentos globais.

Analistas destacam que o ambiente externo segue favorável, mas que a volatilidade pode aumentar caso surjam tensões geopolíticas. Assim, o comportamento do Ibovespa deve seguir atrelado às expectativas internacionais.

Dólar, BC e renda fixa

O Banco Central realizou nesta manhã dois leilões de linha, vendendo US$ 2 bilhões com compromisso de recompra para fevereiro e março de 2026. A operação ajudou a reduzir pressões imediatas, mas o dólar seguiu em alta, cotado a R$ 5,326.

Enquanto isso, o índice de volatilidade (VXBR) abriu em leve alta no Brasil, mas recuou em seguida, sinalizando acomodação. Já os juros futuros (DIs) mostraram elevação ao longo da curva, refletindo as incertezas locais e a leitura do comunicado mais duro do Copom.

Esse cenário indica que, embora o apetite por risco continue forte, investidores ainda buscam proteção diante da falta de clareza sobre o ritmo de cortes de juros no Brasil.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.