
- Ibovespa sobe 0,44%, aos 146.879 pontos, puxado por bancos e Vale
- Petrobras recua com queda do petróleo e limita maior avanço do índice
- Dólar cai a R$ 5,31, enquanto juros futuros operam de forma mista
O Ibovespa abriu o dia no positivo e avançava 0,44% no meio da sessão, aos 146.879,33 pontos. O movimento reflete principalmente o desempenho das ações de bancos e da mineradora Vale (VALE3), que ajudaram a compensar a queda da Petrobras (PETR4).
No cenário internacional, o apetite ao risco segue contido, com bolsas americanas em queda. Ainda assim, a bolsa brasileira mostra resiliência, sustentada pelo fluxo para setores domésticos e pelo alívio no câmbio.
Vale e Petrobras em direções opostas
A Vale (VALE3) registra alta de 0,76%, beneficiada pela recuperação do minério de ferro. Já a Petrobras (PETR4) cai 0,32%, em linha com o recuo do petróleo no mercado internacional. A combinação mostra o equilíbrio entre os dois gigantes do Ibovespa.
Enquanto a Vale sustenta parte do índice, a pressão sobre a Petrobras limita ganhos mais fortes. A commodity continua a refletir a incerteza sobre cortes de produção da Opep+, além de sinais mistos da economia chinesa.
Mesmo assim, analistas afirmam que a resiliência da mineradora garante sustentação ao índice no curto prazo.
Bancos puxam a alta
O grande destaque do pregão vem do setor bancário. Itaú (ITUB4) sobe 0,40%, Santander (SANB11) avança 1,19%, Banco do Brasil (BBAS3) ganha 0,14% e Bradesco (BBDC4) salta 1,12%.
Esse desempenho positivo ocorre em meio à percepção de que o ciclo de crédito está mais controlado e que os balanços do terceiro trimestre podem vir mais fortes. Além disso, a perspectiva de queda gradual da Selic estimula as operações de crédito e reforça margens.
Para investidores, os bancos voltam a ser porto seguro em um cenário de volatilidade externa e incertezas fiscais internas.
Cenário externo e dólar em queda
Nos Estados Unidos, os futuros das bolsas operam no vermelho. O Dow Jones Futuro cai 0,25%, o S&P500 recua 0,37% e a Nasdaq perde 0,44%. A aversão ao risco internacional limita fluxos para emergentes, mas o Brasil consegue resistir.
No câmbio, o dólar comercial cai para R$ 5,31, trazendo alívio para setores mais sensíveis à moeda americana. Já os juros futuros (DIs) operam mistos, refletindo as incertezas fiscais locais e a expectativa para cortes adicionais na taxa Selic.
A combinação de fatores mantém o mercado em compasso de espera, mas o Ibovespa segue se destacando frente a outras praças.