
- O Ibovespa fechou estável em leve alta, aos 140.343 pontos, sustentado pela Vale mas pressionado por Petrobras
- Os bancos operaram sem direção única, com Itaú e Bradesco em queda e Banco do Brasil e Santander no positivo
- O dólar recuou 0,37% e os juros futuros aliviaram, refletindo expectativa por dados de emprego nos EUA
O Ibovespa abriu a quarta-feira (3) com leve alta de 0,01%, aos 140.343,82 pontos, em um pregão marcado por oscilações constantes. A falta de direcional externo e o ambiente local cheio de incertezas fizeram o índice andar de lado.
O movimento refletiu tanto ajustes pontuais de investidores quanto a leitura de que ainda há cautela sobre juros nos Estados Unidos e o julgamento de Jair Bolsonaro no STF. O mercado, portanto, manteve-se atento a fatores externos e internos antes de assumir maiores posições.
Vale segura, Petrobras pesa
Entre as blue chips, a Vale (VALE3) subiu 0,47%, ajudada pelo minério em recuperação na China. O movimento sustentou parte do índice, já que a mineradora responde por grande peso na carteira.
Em contrapartida, Petrobras (PETR4) recuou 0,64%, pressionada pela volatilidade do petróleo no exterior. O Brent alternou altas e baixas durante o dia, refletindo dúvidas sobre demanda global e tensões geopolíticas.
O contraste entre Vale e Petrobras acabou neutralizando impactos mais fortes no Ibovespa, resultando no fechamento próximo à estabilidade.
Bancos sem direção clara
As ações de bancos oscilaram sem consenso. Itaú (ITUB4) caiu 0,10%, enquanto Santander (SANB11) avançou 0,07%. O Banco do Brasil (BBAS3) registrou alta de 0,24%, mas Bradesco (BBDC4) perdeu 0,30%.
Esse comportamento misto mostra que investidores aguardam definições tanto sobre política monetária doméstica quanto sobre as sanções americanas em discussão. O setor, que costuma ditar o ritmo do índice, preferiu cautela.
Ainda assim, analistas reforçam que bancos permanecem entre as principais apostas para quem busca resiliência no médio prazo, em especial frente à expectativa de juros mais baixos adiante.
Mercado externo e dólar
Nos Estados Unidos, os futuros fecharam divididos: Dow Jones caiu 0,24%, S&P500 subiu 0,33% e Nasdaq ganhou 0,64%. O cenário reflete um investidor ainda desconfiado após decisões sobre tarifas comerciais e em compasso de espera pelo payroll desta semana.
No câmbio, o dólar recuou 0,37%, cotado a R$ 5,45, após dias de pressão. Os juros futuros (DIs) também aliviaram, sinalizando algum alívio nas apostas sobre a curva.
Por fim, combinados, esses movimentos deram sustentação ao Ibovespa, ainda que o índice tenha fechado praticamente sem variação.