Bolsa em queda

Abertura: Ibovespa oscila e bancos puxam pressão enquanto dólar recua

Índice abre em queda com bancos em baixa, Petrobras em alta e dólar recuando para R$ 5,47.

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Abertura: Ibovespa oscila e bancos puxam pressão enquanto dólar recua
  • Ibovespa cai 0,12%, aos 134.271,12 pontos, pressionado por bancos
  • Vale recua 0,15%, Petrobras avança 0,37% com petróleo em recuperação
  • Dólar cai 0,46% a R$ 5,47, enquanto juros futuros recuam e Wall Street opera sem direção única

O Ibovespa abriu em queda nesta quarta-feira (20), recuando 0,12% e marcando 134.271,12 pontos. O movimento reflete a cautela dos investidores diante das incertezas externas e da tensão política no Brasil.

Enquanto ações ligadas a commodities mostram desempenho misto, o setor bancário pressiona o índice. A cena internacional também traz sinais divergentes, com Wall Street sem direção única e os juros futuros no Brasil em retração.

Commodities em direções opostas

Entre os destaques do pregão, a Vale (VALE3) recua 0,15% após ajustes nos preços do minério de ferro no mercado asiático. Já a Petrobras (PETR4) avança 0,37%, sustentada pela recuperação parcial nos preços do petróleo, que ainda refletem a instabilidade geopolítica global.

Assim, o desempenho desigual das gigantes de commodities mostra a dificuldade de o índice encontrar uma tendência firme. Esse comportamento é reforçado pelo cenário externo, em que investidores aguardam novos dados econômicos dos Estados Unidos.

Desse modo, a volatilidade segue como marca registrada no mercado, que lida com fatores simultâneos de risco doméstico e internacional.

Bancos pressionam o índice

As ações do setor bancário abriram em queda e exercem influência negativa sobre o índice. O Itaú (ITUB4) cai 0,25%, o Santander (SANB11) recua 0,04%, o Banco do Brasil (BBAS3) perde 0,17% e o Bradesco (BBDC4) registra baixa mais intensa, de 0,70%.

Além disso, esse movimento ocorre após uma sequência de pregões marcados por incerteza em relação às repercussões da Lei Magnitsky e da decisão do STF sobre sanções internacionais. Os investidores avaliam o risco jurídico e regulatório que pode atingir diretamente as instituições financeiras.

Portanto, a leitura predominante no mercado é de que o setor bancário permanecerá pressionado enquanto não houver clareza sobre os próximos desdobramentos políticos e econômicos.

Cenário externo e câmbio

No mercado internacional, os índices futuros de Nova York apresentam desempenho misto. O Dow Jones Futuro sobe 0,02%, enquanto o S&P500 recua 0,05% e a Nasdaq perde 0,16%. Os investidores seguem cautelosos antes do simpósio de Jackson Hole, que deve dar pistas sobre os rumos da política monetária dos EUA.

Ademais, no câmbio o dólar cai 0,46%, negociado a R$ 5,47. O movimento acompanha o ajuste global da moeda americana e a maior busca por ativos emergentes em meio à expectativa de que o Federal Reserve adote postura mais branda nos próximos meses.

Por fim, os juros futuros (DIs) recuam, refletindo a percepção de menor pressão inflacionária e a tentativa do mercado de antecipar cortes na Selic em 2026.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.