
- Ibovespa recua 0,11%, pressionado por VALE3 e PETR4.
- Dólar sobe a R$ 5,38 e juros futuros avançam.
- Bolsas americanas operam em leve alta, mas com impacto limitado no Brasil.
O Ibovespa abriu o pregão desta terça-feira (28) em queda, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário fiscal doméstico e das incertezas no exterior. Às 11h45, o principal índice da B3 recuava 0,11%, aos 146.811 pontos, acompanhando o movimento negativo das blue chips.
As ações da Vale (VALE3) caíam 0,02%, enquanto Petrobras (PETR4) recuava 0,57%. O setor financeiro operava misto, com Banco do Brasil (BBAS3) em alta de 0,29% e Bradesco (BBDC4) em baixa de 0,27%.
Bancos e commodities pesam
O desempenho fraco das commodities e o comportamento misto dos grandes bancos impediram uma recuperação mais consistente do Ibovespa.
Nesse sentido, investidores seguem atentos à volatilidade dos preços do minério de ferro e do petróleo, que têm oscilado conforme novas projeções de demanda global.
No caso dos bancos, Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) operam em leve baixa, refletindo ajustes após os balanços recentes.
Já o Banco do Brasil (BBAS3) mostra resiliência, impulsionado por revisões positivas nas estimativas de lucro para 2025.
Câmbio e juros sobem
O dólar comercial avança e se aproxima dos R$ 5,40, em meio à saída pontual de recursos estrangeiros e ao aumento da aversão ao risco.
No mesmo movimento, os juros futuros (DIs) sobem, acompanhando a curva americana e refletindo dúvidas sobre o ritmo de cortes na taxa Selic.
Portanto, segundo analistas, a pressão sobre o câmbio pode se intensificar caso o governo não apresente sinais claros de compromisso com o equilíbrio fiscal.
Cenário externo traz alívio moderado
Lá fora, o clima é mais positivo. O Dow Jones Futuro sobe 0,46%, o S&P 500 Futuro ganha 0,10% e a Nasdaq Futuro avança 0,16%.
Além disso, a recuperação parcial das bolsas americanas, no entanto, ainda não foi suficiente para sustentar o humor do investidor local.
A expectativa agora recai sobre novos dados de inflação nos EUA e sobre o discurso de dirigentes do Federal Reserve, que podem sinalizar o rumo dos juros americanos nas próximas semanas.