
- Ibovespa opera em alta leve, aos 146 mil pontos, apoiado por Petrobras e Vale.
- Bancos seguem mistos, com Banco do Brasil em alta e privados no vermelho.
- Dólar volta a R$ 5,30 e juros futuros avançam em meio a cautela global.
O Ibovespa iniciou a sessão desta quarta-feira (24) em alta leve, renovando o clima de cautela que domina os mercados. O índice subia 0,07%, aos 146.521,19 pontos, refletindo avanços em ações de peso e perdas em bancos.
Enquanto isso, no câmbio e na renda fixa, o movimento era de pressão. O dólar comercial voltou a R$ 5,30 e os juros futuros (DIs) também avançavam, em meio às incertezas sobre política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
A força de Petrobras e Vale
Entre as blue chips, Petrobras (PETR4) avançava 0,72% e Vale (VALE3) subia 0,31%, garantindo algum fôlego para o índice. As duas empresas seguem como os principais motores da bolsa, sobretudo diante das oscilações do petróleo e do minério de ferro.
O desempenho das commodities tem sido determinante nos últimos pregões. A valorização do barril dá suporte à Petrobras, enquanto a queda do minério pressiona Vale. Ainda assim, ambas conseguem sustentar parte da alta.
Esse movimento reflete a importância do setor de energia e mineração na composição do Ibovespa, responsável por boa fatia da capitalização do índice.
Bancos seguem sem direção
Já o setor financeiro mostrava sinais de indefinição. Banco do Brasil (BBAS3) subia 0,72%, mas Itaú (ITUB4) recuava 0,18%, Santander (SANB11) caía 0,17% e Bradesco (BBDC4) também perdia 0,17%.
A oscilação dos bancos reflete o cenário de juros altos e a cautela dos investidores com crédito e consumo. Enquanto o Banco do Brasil ainda se beneficia do apetite por estatais, os privados encontram dificuldades para engatar recuperação.
O quadro deve permanecer misto, já que o setor responde mais lentamente a mudanças externas e depende fortemente da dinâmica da economia doméstica.
Wall Street e câmbio no radar
Lá fora, os índices futuros operavam no positivo: Dow Jones Futuro subia 0,15%, S&P500 avançava 0,14% e Nasdaq ganhava 0,19%. A expectativa recai sobre a postura do Federal Reserve diante dos sinais de desaceleração.
No câmbio, o dólar comercial subia a R$ 5,30, reforçando a cautela de investidores estrangeiros. O real tem oscilado bastante diante da combinação de juros domésticos elevados e riscos fiscais.
Os juros futuros (DIs) também subiam, refletindo incertezas sobre cortes de Selic e preocupações com o cenário político.