Abertura: Ibovespa surpreende com queda enquanto VALE3 e PETR4 destoam do mercado

• Ibovespa recuou levemente, pressionado por bancos.
• VALE3 e PETR4 avançaram e limitaram perdas mais fortes.
• Exterior negativo elevou dólar e juros, intensificando a cautela.

O Ibovespa caiu 0,11%, encerrando o pregão aos 158.903,97 pontos, em um dia marcado por movimentos divididos entre as principais ações do índice. Apesar do cenário local de cautela, alguns papéis relevantes conseguiram destoar do comportamento geral.

Mesmo com o avanço de VALE3 e PETR4, o pessimismo nos bancos e a pressão externa pesaram sobre o humor dos investidores, que reagiram ao dólar mais forte e à alta nos juros futuros.

Mercado interno

A Vale (VALE3) subiu 0,22%, impulsionada por um fluxo comprador moderado. Embora o movimento tenha sido discreto, ele ajudou a limitar perdas mais amplas no índice. Além disso, Petrobras (PETR4) registrou alta de 0,31%, acompanhando a recuperação do petróleo no mercado internacional.

Os bancos, por outro lado, amplificaram a pressão baixista. Itaú (ITUB4) recuou 0,18%, enquanto Santander (SANB11) caiu 0,61%. Logo depois, Banco do Brasil (BBAS3) encolheu 0,62%, e Bradesco (BBDC4) perdeu 0,41%, reforçando o peso do setor na performance do índice.

A combinação desses movimentos manteve o Ibovespa em terreno negativo. Além disso, o dia foi marcado por ajustes técnicos e realizações moderadas, já que investidores aguardam novos gatilhos macroeconômicos.

Exterior e câmbio

No exterior, os índices futuros americanos operaram em queda contínua. O Dow Jones Futuro recuou 0,46%, enquanto o S&P 500 Futuro perdeu 0,71%. Em seguida, a Nasdaq Futuro cedeu 0,99%, reforçando um ambiente global mais defensivo.

Esse movimento internacional ampliou a aversão a risco. Como resultado, o dólar comercial subiu para R$ 5,34, refletindo maior busca por proteção cambial por parte dos investidores. Logo depois, os juros futuros (DIs) também avançaram, acompanhando o estresse global.

Esse conjunto de fatores elevou a percepção de risco e limitou qualquer tentativa mais consistente de recuperação do índice brasileiro, que seguiu alinhado ao quadro global.