
- O Ibovespa caiu 0,82%, aos 140.131 pontos, pressionado pelo setor bancário.
- Vale recuou 0,32% e Petrobras subiu 0,13%, em dia de volatilidade nas commodities.
- No exterior, bolsas americanas caíram e o dólar avançou para R$ 5,48, elevando a cautela dos investidores.
O Ibovespa abriu o pregão desta terça-feira (2) em queda de 0,82%, aos 140.131 pontos, refletindo um dia de maior aversão ao risco. O movimento foi liderado por bancos em forte baixa, enquanto ações de peso como Vale e Petrobras oscilaram de forma tímida.
O cenário externo também pressionou. Os índices futuros americanos recuaram com força, em meio ao temor de desaceleração econômica nos EUA e ao aumento da aversão global a ativos de risco. A combinação de fatores reforçou a valorização do dólar e elevou os juros futuros no Brasil.
Bancos pesam no desempenho do índice
O setor bancário teve protagonismo negativo no pregão. Banco do Brasil caiu 3,41%, Bradesco recuou 2,00%, Itaú perdeu 1,65% e Santander desvalorizou 0,57%. O peso das instituições financeiras no índice ajudou a ampliar a queda do Ibovespa.
Sendo assim, analistas avaliam que a combinação de incertezas locais e externas, somada ao avanço do dólar e dos juros, afeta diretamente as expectativas para os bancos. O mercado teme impacto sobre margens financeiras e sobre a atividade de crédito.
Desse modo, o movimento reforça a percepção de cautela no setor, que já vinha de sessões marcadas por volatilidade.
Petrobras e Vale destoam do setor financeiro
As ações da Petrobras (PETR4) registraram leve alta de 0,13%, acompanhando a valorização do petróleo no mercado internacional. Apesar do avanço modesto, o papel ajudou a suavizar parcialmente a queda do índice.
Além disso, a Vale (VALE3) recuou 0,32%, refletindo a queda do minério de ferro no mercado externo. O papel segue sensível às oscilações da economia chinesa, principal compradora da commodity, e às revisões de crescimento global.
Portanto, esses dois ativos seguem como termômetros importantes do Ibovespa, dada sua forte participação na composição do índice.
Pressão externa amplia cautela
No cenário internacional, o Dow Jones Futuro caiu 0,91%, o S&P 500 Futuro recuou 1,15% e a Nasdaq Futuro perdeu 1,51%. O desempenho negativo refletiu temores sobre juros nos EUA e riscos de desaceleração.
Ademais, o dólar avançou 0,79% frente ao real, cotado a R$ 5,48, enquanto os juros futuros (DIs) também subiram, sinalizando maior cautela por parte dos investidores. O ambiente reforça a busca por proteção em ativos mais conservadores.
Por fim, com isso o mercado local iniciou setembro em clima de instabilidade, em linha com a tendência global de aversão ao risco.