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Abertura: Ibovespa volta a subir com impulso de Vale e grandes bancos

Alta das commodities e otimismo global puxam o índice para cima nesta quinta, enquanto dólar recua e juros futuros acompanham tendência de queda.

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Abertura: Ibovespa volta a subir com impulso de Vale e grandes bancos
  • Ibovespa sobe 0,31% e tenta se firmar acima dos 142 mil pontos.
  • Vale e bancos lideram o movimento de alta, com commodities em recuperação.
  • Dólar e juros futuros recuam, reforçando o clima positivo no mercado.

O Ibovespa iniciou o pregão desta quinta-feira (10) em alta de 0,31%, aos 142.625,92 pontos, com destaque para Vale (VALE3) e bancos, que sustentam o avanço do índice. O cenário global mais estável e a leitura de que o IPCA de setembro veio abaixo das projeções animam investidores e ajudam a reduzir o estresse nos juros.

Ao mesmo tempo, o dólar comercial cai para R$ 5,34, e os juros futuros (DIs) recuam em bloco. Assim, o mercado doméstico abre o dia embalado por um sentimento de maior apetite ao risco e expectativa de continuidade dos cortes de juros no país.

Vale e bancos puxam a recuperação

Depois da forte realização na véspera, Vale (VALE3) sobe 0,90%, acompanhando a alta do minério de ferro em Dalian, enquanto Petrobras (PETR4) registra leve ganho de 0,07%. Esses dois papéis, que juntos representam quase um terço do Ibovespa, voltam a atuar como principais motores de alta.

Além disso, os grandes bancos operam em bloco positivo: Itaú (ITUB4) avança 0,30%, Santander (SANB11) sobe 0,29%, Banco do Brasil (BBAS3) tem ganho de 0,66%, e Bradesco (BBDC4) valoriza 0,47%. O desempenho conjunto reforça o tom de recuperação.

Com o mercado mais calmo e menor percepção de risco, os fluxos estrangeiros retornam lentamente à bolsa, favorecendo as ações de maior liquidez.

Exterior oscila, mas clima é de alívio

No exterior, os índices futuros de Nova York operam mistos, com o S&P 500 em leve alta de 0,03%, enquanto Dow Jones e Nasdaq recuam 0,03% cada. Apesar da oscilação, a leitura da ata do Federal Reserve (Fed) trouxe algum alívio, indicando maior preocupação com o emprego e menor urgência em elevar juros novamente.

Na Europa, o movimento também é moderado, porém positivo. As bolsas sobem apoiadas pelo avanço do setor industrial e pela recuperação das exportações, o que ajuda a reduzir a volatilidade nos mercados emergentes.

Portanto, o ambiente global oferece suporte à B3. A bolsa tenta manter o índice acima dos 142 mil pontos e recuperar o canal de alta perdido no início da semana.

Dólar e juros seguem em queda

Enquanto isso, o dólar recua a R$ 5,34, influenciado pela entrada de recursos externos e pela melhora no humor global. O movimento reflete o maior interesse por ativos brasileiros, especialmente após a surpresa positiva da inflação.

Os juros futuros (DIs) também cedem em toda a curva, com destaque para os vencimentos longos. Esse comportamento sinaliza que o mercado aposta em continuidade do ciclo de cortes da Selic, caso o ambiente fiscal permaneça sob controle.

Com isso, a curva de juros passou a indicar taxa abaixo de 10% ao ano em 2026. O movimento reforçou o impulso nas ações de consumo e construção civil.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.