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Abertura: Ibovespa volta a subir e abre aos 145 mil pontos em meio a alta dos bancos

Índice fecha em alta, apoiado pelo setor financeiro, apesar da fraqueza em commodities.

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Abertura: Ibovespa volta a subir e abre aos 145 mil pontos em meio a alta dos bancos
  • Ibovespa fechou em alta de 0,30%, aos 145.546,91 pontos
  • Bancos sustentaram o índice, enquanto Petrobras subiu e Vale recuou
  • Juros futuros operaram mistos e exterior manteve cautela

A Bolsa brasileira voltou a respirar nesta terça-feira (23), com o Ibovespa subindo 0,30% e abrindo aos 145.546,91 pontos. O desempenho positivo foi sustentado pelo setor bancário, que compensou a pressão negativa vinda de parte das commodities.

O avanço ocorreu em um ambiente de cautela, marcado pela espera de novos indicadores e pela incerteza sobre os rumos da política monetária global. Assim, investidores aproveitaram o movimento para ajustar posições, enquanto monitoram Brasília e o cenário internacional.

Bancos dão o tom do pregão

O setor financeiro foi o principal responsável pela alta do índice. Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,60%, enquanto Itaú (ITUB4) subiu 0,31%, Bradesco (BBDC4) ganhou 0,39% e Santander (SANB11) fechou em alta de 0,21%. Esse desempenho, portanto, garantiu sustentação ao mercado em meio à volatilidade externa.

Por outro lado, entre as gigantes ligadas às commodities, o movimento foi divergente. Petrobras (PETR4) subiu 0,32%, acompanhando a recuperação dos preços do petróleo. Já a Vale (VALE3) caiu 0,02%, refletindo a acomodação do minério de ferro no mercado internacional.

Essa combinação de forças mostrou como os bancos, mais uma vez, assumiram protagonismo, evitando uma correção mais forte do índice.

Cenário internacional em compasso de espera

Nos Estados Unidos, os índices futuros oscilaram próximos da estabilidade. O dólar caiu 0,26% nesta terça-feira (23), cotado a R$ 5,3240, com o movimento da moeda no exterior prevalecendo sobre as questões políticas. O Dow Jones Futuro avançou 0,09%, o S&P 500 recuou 0,01% e a Nasdaq subiu 0,01%. Apesar da calmaria, a expectativa em relação à política monetária do Federal Reserve mantém os investidores em alerta.

Além disso, o mercado segue avaliando os próximos passos de grandes companhias de tecnologia, o que influencia diretamente o humor global. Assim, mesmo com dados neutros, a cautela permaneceu como a palavra de ordem no exterior.

No Brasil, os juros futuros (DIs) fecharam mistos, refletindo tanto a aposta em cortes da Selic a partir de 2026 quanto a persistente preocupação com a situação fiscal.

O que esperar daqui para frente

O movimento desta terça-feira reforça a percepção de que o Ibovespa encontra apoio no setor bancário sempre que há pressão sobre as commodities. Esse equilíbrio, contudo, pode se mostrar frágil caso as tensões fiscais avancem ou o cenário externo se deteriore.

Para os próximos dias, investidores estarão atentos à ata do Copom e aos discursos de autoridades econômicas. Além disso, a temporada de balanços e as movimentações em Brasília podem ditar o ritmo da Bolsa.

No exterior, qualquer sinal de mudança na estratégia do Federal Reserve tende a ganhar destaque imediato nos preços dos ativos.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.