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Ações da C&A (CEAB3) disparam após loja conceito “Energia C&A” em SP animar investidores

Nova unidade aposta em tecnologia e experiência imersiva; Safra e XP destacam potencial de valorização do papel.

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  • Ações da C&A sobem mais de 3% após lançamento de loja conceito em SP
  • Analistas do Safra, XP e Itaú BBA veem potencial de valorização de até 60%
  • Estratégia combina inovação, experiência de compra e foco em categorias-chave

As ações da C&A (CEAB3) dispararam nesta segunda-feira (25) na B3, refletindo o otimismo dos investidores após a abertura de uma loja conceito em São Paulo. O movimento chama atenção porque vem acompanhado de revisões positivas por parte de analistas de grandes bancos.

A unidade, batizada de “Energia C&A”, combina inovação tecnológica, experiência de compra diferenciada e estratégia de branding ousada. Para parte do mercado, esse passo pode reposicionar a companhia no varejo de moda, aumentando fluxo de clientes e ampliando a rentabilidade.

Analistas de olho

Na sessão, os papéis da C&A subiam 3,49%, cotados a R$ 16,91. Embora estejam fora do Ibovespa, os ativos chamaram atenção porque bancos de peso revisaram suas recomendações. O Safra elevou a avaliação para outperform (compra), projetando um terceiro trimestre mais forte, impulsionado pelo inverno rigoroso.

Apesar disso, o preço-alvo do Safra ficou em R$ 19, com potencial de valorização de 21%. Já a XP reiterou sua recomendação de compra, destacando que a loja conceito materializa os pilares do programa Energia C&A: produto, jornada de compra, personalização, tecnologia e reforço de marca.

Segundo os analistas, a fachada aberta e o layout interno mais fluido devem atrair consumidores e melhorar as taxas de conversão. Além disso, o sortimento foi reforçado em categorias-chave como jeans, básicos e beleza, com destaque para marcas ligadas a influenciadores digitais.

Comparações com a concorrência

O Itaú BBA também vê espaço para ganhos consistentes. Em relatório, o banco afirmou que a C&A pode elevar seus lucros em até 60% caso consiga reduzir a diferença de produtividade em relação à Renner. Para reforçar a análise, o Itaú citou que as vendas por metro quadrado cresceram 16% em 12 meses, atingindo R$ 11,2 mil/m² até o segundo trimestre.

Os analistas lembram ainda que a chegada da H&M ao Brasil deve acirrar a disputa no setor, mas ressaltam que a C&A possui vantagem competitiva ao conhecer de perto a consumidora brasileira. Essa proximidade pode ser decisiva na estratégia de reposicionamento e na captura de market share.

Nesse cenário, a combinação de inovação no varejo físico com recomendação positiva das corretoras criou um ambiente de otimismo no mercado. A aposta é que o impacto da nova loja vá além da imagem e reflita diretamente no balanço da companhia.

Estratégia de crescimento

A C&A aposta que a experiência de compra diferenciada será um fator de retenção de clientes, ao mesmo tempo em que fortalece sua marca junto ao público jovem. A expansão de categorias estratégicas, somada a ajustes operacionais, busca melhorar margens e impulsionar o lucro líquido.

Para investidores, a percepção é de que a empresa encontrou um ponto de virada. Caso consiga sustentar a estratégia, a companhia pode reduzir a distância em relação aos concorrentes e conquistar maior espaço no varejo nacional.

Enquanto isso, os papéis seguem reagindo ao noticiário e ao entusiasmo do mercado. O resultado imediato já foi sentido na B3, mas os analistas reforçam que o verdadeiro teste virá nos próximos trimestres, quando os efeitos das mudanças aparecerão de forma mais clara nos números.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.