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Ações da Méliuz (CASH3) acompanham queda do Bitcoin — Genial corta recomendação

Ceticismo da Genial em relação à tese de Bitcoin Treasury adotada pela empresa, classifica a operação como ineficiente e pouco relevante

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Meliuz
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Nesta segunda-feira (19), as ações da Méliuz (CASH3) operam em queda, com influencia do recuo do Bitcoin (BTC) após a Moody’s rebaixar a confiança na economia dos Estados Unidos (EUA).

Por volta das 10:40, os papéis da companhia caíam 5,42%, cotados a R$ 10,13.

O movimento segue a queda do bitcoin e outras criptomoedas. No mesmo horário, o BTC recuava 1,46% a US$ 102,733 mil.

Analistas têm criticado a ideia da empresa em apostar em bitcoin. Recentemente, a Genial Investimentos rebaixou sua recomendação de “compra” para “manter” nas ações CASH3.

Isso porque, a casa identificou que a Méliuz teve bons resultados no 1° trimestre de 2025, mas seu ceticismo em relação à tese de Bitcoin Treasury adotada pela empresa, classifica a operação como ineficiente e pouco relevante.

Para a casa, os reais vetores de valor continuam sendo o modelo de cashback, o crescimento do volume transacionado (GMV) e a disciplina operacional.

“Se o investidor quiser se expor a Bitcoin, há formas mais eficientes e líquidas. Seria mais sensato distribuir o excesso de caixa aos acionistas”, destacam os analistas da Genial.

Resultados que empolgam

O primeiro trimestre de 2025 trouxe uma série de bons números para a Méliuz:

  • Receita líquida: R$ 100,4 milhões (+21,8% a/a)
  • EBITDA ajustado: R$ 17,8 milhões (+206,9% a/a) — recorde para o primeiro trimestre
  • Lucro líquido ajustado: R$ 12 milhões

Esses números refletem não apenas crescimento, mas ganhos de eficiência e alavancagem operacional.

A margem EBITDA (lucro antes juros e amortizações) ajustada subiu para 17,7%, impulsionada por corte de despesas com pessoal (-10% a/a) e foco em marketing eficiente.

O Shopping Brasil permanece como carro-chefe, com R$ 71,2 milhões em receita (+33,6% a/a), sustentado por crescimento de 25% no GMV e aumento do take rate para 8,4%.

A operação internacional (Picodi) também apresentou desempenho sólido (+37,8% a/a), assim como a vertical “Outros”, puxada pelo Melhor Plano (+29,4% a/a).

Já a vertical de serviços financeiros segue pressionada, com queda de 25,5% na receita em relação ao ano anterior — ainda refletindo os impactos da renegociação com o Banco BV.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.