
- Ataque israelense no Catar elevou risco geopolítico e impulsionou petróleo
- Ações da Petrobras chegaram a subir forte, mas perderam fôlego no fechamento
- Brent fechou a US$ 66,39 (+0,56%) e WTI a US$ 62,63 (+0,59%)
As ações da Petrobras (PETR4) viveram um pregão agitado nesta terça-feira (9), em meio ao noticiário internacional. O movimento foi impulsionado pela disparada do petróleo após Israel confirmar um ataque contra representantes do Hamas no Catar, durante negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
O choque elevou o risco geopolítico no mercado global de energia, provocando altas imediatas na commodity e refletindo rapidamente sobre os papéis da estatal brasileira. No entanto, a força vista durante o dia não se manteve até o fechamento da Bolsa.
Petróleo em alta com tensão no Catar
Os contratos futuros do Brent, referência internacional, subiram 0,56% e encerraram a sessão cotados a US$ 66,39 o barril na ICE (Intercontinental Exchange). Já o WTI, referência nos EUA, avançou 0,59%, a US$ 62,63 o barril, na Nymex (New York Mercantile Exchange).
Essa valorização refletiu o temor de que a escalada da violência comprometa a oferta global de petróleo, em um momento em que a demanda já está sob pressão devido ao cenário econômico global. Investidores correram para reavaliar posições.
O movimento reforçou a volatilidade que costuma acompanhar o setor em episódios de crise no Oriente Médio, tornando Petrobras uma das primeiras ações a sentir os efeitos.
Petrobras perde fôlego no fim do pregão
No auge do dia, as ações da companhia chegaram a subir mais de 1%, mas perderam força ao longo da sessão. Os papéis ordinários (PETR3) fecharam com alta de 1%, a R$ 33,55, enquanto os preferenciais (PETR4) avançaram 0,8%, a R$ 30,95.
O desempenho mostra como choques externos podem provocar movimentos rápidos, mas também passageiros, em companhias ligadas a commodities. A pressão geopolítica se somou ao quadro já instável de preços globais do petróleo.
Para os investidores, o episódio reforça que volatilidade será a palavra de ordem nos papéis da estatal enquanto durar a escalada militar na região.