Desaceleração

Ações da Vivara despecam após renúncia de diretor

O papel da empresa apresenta perdas contínuas, pressionado pela instabilidade na gestão e expectativas de desaceleração nas vendas.

Lojas Vivara - Foto: laritrentini
Lojas Vivara - Foto: laritrentini
  • A saída de Leonardo Bichara gera incertezas sobre a estabilidade da gestão da Vivara
  • Expectativas de menor crescimento nas vendas pressionam as ações da empresa
  • A Vivara deve enfrentar dificuldades a curto prazo, com analistas apostando em mais perdas para as ações

As ações da Vivara (VVAR3) estão entre as maiores baixas do Ibovespa nesta quarta-feira (12), continuando a trajetória de perdas iniciada no dia anterior. O recuo de 5,04%, levando o papel a R$ 18,86, ocorre em meio à repercussão da renúncia do diretor de marketing Leonardo Bichara.

A saída de Bichara gerou um impacto negativo sobre a percepção do mercado em relação à estabilidade da gestão da empresa. Analistas apontam que a instabilidade interna, com a rotatividade de altos executivos, pode afetar negativamente a operação da Vivara, especialmente a curto prazo.

Instabilidade na gestão

A renúncia de Leonardo Bichara, que ocupava a posição de diretor de marketing da Vivara, acendeu um alerta no mercado sobre a alta rotatividade de executivos na gestão da empresa.

A saída de um profissional de “alto escalão” é sempre vista com preocupação pelos investidores, especialmente quando ocorre em um momento delicado para a operação.

A falta de estabilidade na liderança pode gerar incertezas sobre a execução das estratégias de marketing. E, assim, impactar a imagem da marca, o que contribui para a queda nas ações da empresa.

A avaliação de analistas é de que a empresa pode enfrentar dificuldades adicionais com a mudança constante de executivos de alto nível. Além disso, os especialistas destacam que, com a renúncia de Bichara, a Vivara precisa reestruturar sua área de marketing. Contudo, o que pode levar algum tempo e afetar as ações da empresa nos próximos meses.

Desaceleração nas vendas

Outro fator que contribui para a pressão sobre as ações da Vivara são as expectativas de desaceleração no crescimento das vendas nos próximos trimestres.

Especialistas do mercado projetam que a empresa enfrentará um cenário mais desafiador em termos de receitas. Assim, devido a um contexto econômico global incerto e ao aumento da concorrência no setor de joias e acessórios.

A desaceleração do crescimento pode impactar negativamente a rentabilidade e a valorização das ações da Vivara.

Embora a Vivara tenha se mostrado resiliente no passado, com uma sólida base de clientes e uma forte presença no mercado de joias, a desaceleração das vendas pode pesar sobre os resultados financeiros da empresa.

A alta inflação, o aumento da taxa de juros e a instabilidade econômica podem afetar o poder de compra do consumidor. No entanto, o que tende a impactar as vendas de produtos de luxo, como as joias oferecidas pela marca.

Perspectivas para o curto prazo

Analistas têm uma avaliação negativa para o curto prazo, e as ações da Vivara podem seguir pressionadas até que a empresa estabilize sua gestão e recupere as expectativas de crescimento de vendas.

O mercado espera uma resposta rápida da companhia para lidar com a rotatividade de executivos. E, assim, garantir que as estratégias de marketing e vendas sejam bem executadas.

Apesar da queda acentuada no preço das ações, alguns analistas acreditam que, a longo prazo, a Vivara pode se recuperar, caso consiga implementar mudanças efetivas em sua gestão e ajustar suas operações para enfrentar os desafios do mercado. No entanto, para os próximos meses, a empresa deve continuar sendo impactada pela volatilidade do mercado e pela desaceleração econômica.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ